Atacante está suspenso do jogo contra
Venezuela, em teste para time de Tite
Tite e a Seleção Brasileira terão chance de provar hoje, às 21h30, contra a Venezuela, pelas Eliminatórias, que não são dependentes de Neymar. Missão árdua, já que, naturalmente, os ataques da equipe passam pelos pés do craque do Barcelona, que verticaliza o jogo e imprime velocidade, quase sempre pegando o sistema defensivo dos adversários desprevenido.
Willian foi o escolhido para ocupar vaga de Neymar, suspenso pelo terceiro amarelo, mas a responsabilidade vai recair sobre todo o sistema ofensivo. A expectativa é que o Brasil perca em intensidade, mas que consiga compensar com bom toque de bola e enfiadas aproveitando a movimentação de Gabriel Jesus e Philippe Coutinho.
Por sorte, Neymar fica ausente justamente no jogo, teoricamente, mais tranquilo das Eliminatórias. A Venezuela vive péssima fase e é a única seleção que não venceu depois de nove jogos, mas recentemente arrancou empate contra a Argentina. Peñaranda, 19 anos, vem chamando a responsabilidade e fez grande duelo com o Uruguai, na última rodada, quando desperdiçou várias chances de gol e a Venezuela tomou 3 a 0.
Se perdeu Neymar, Tite não pode perder o que já construiu desde sua chegada à Seleção Brasileira, que é a movimentação e o bom toque de bola. Assim que o Brasil envolveu rivais e venceu os três jogos que disputou sob o comando do técnico, o que levou a equipe da sexta para a segunda posição, podendo assumir a ponta hoje, caso vença e o líder Uruguai tropece, fora de casa, contra a Colômbia.
Visto como salvador da Pátria, Tite diz que se sente pressionado. “Entendo a empolgação, as manifestações, mas me sinto pressionado. Há todo legado do trabalho anterior, a qualidade dos atletas, e isso, confesso, me traz peso excessivo. O conjunto determinou um desempenho, e se vocês (jornalistas) puderem ajudar a diluir isso vou ficar feliz. Não sou o cara, palavra de honra”, disse.
Outra novidade no Brasil será o retorno do volante Paulinho, que cumpriu suspensão automática, na vaga de Giuliano, um dos destaques na goleada sobre a Bolívia.
Filipe Luís será capitão pela primeira vez
Filipe Luís está aproveitando muito bem a chance aberta na Seleção Brasileira com a contusão de Marcelo, titular nas primeiras convocações de Tite. Além de marcar um gol nos 5 a 0 sobre a Bolívia, ele parece ter conquistado a confiança do treinador, que lhe concederá a braçadeira de capitão no duelo de hoje, diante da Venezuela.
A troca faz parte do revezamento promovido por Tite, que antes já havia escolhido Miranda, Daniel Alves e Renato Augusto nas partidas diante de Equador, Colômbia e Bolívia, respectivamente.
“Alegria, orgulho grande. Jamais, por mais que esteja 12 anos na Europa, deixei de me sentir brasileiro, de me identificar com o País, de me manter informado sobre as notícias que acontecem no Brasil. É o País que amo, que escolhi jogar. Pude optar em 2009 (quando foi convidado para se naturalizar espanhol). Usar a faixa de capitão é uma responsabilidade”, comentou Filipe Luís, que estará no cargo pela primeira vez.
Sobre a Venezuela, o jogador prevê duelo complicado. “Não existe jogo fácil. Eles atuam com menos responsabilidade e nós precisamos da vitória. A Argentina não conseguiu ganhar aqui (empatou por 2 a 2), teremos que nos defender muito bem, não cometer erros e ser muito criativos no ataque. Conheço vários jogadores da Venezuela, são ofensivos. Não vai ser fácil”, projetou.
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