Vídeo gravado na manhã de ontem na sede do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André registrou agressões físicas protagonizadas pelos diretores Luciano Manoel do Nascimento e Carlos Alberto Pavan, representante legal da entidade. A disputa de grupos para eleger o novo comando do órgão vem se acirrando com a aproximação do pleito, chegando às vias de fato após discussão, com pontapés e socos. Ala de oposição interna, que tenta tomar as rédeas, buscava promover processo eleitoral, com início ontem e que vai até amanhã, enquanto que a presidência marcou, em edital, o páreo para os dias 28 e 29.

Integrantes do Paço de Santo André sinalizaram que não reconhecem assinatura de outro representante que não seja Pavan até formalização de mudança na direção. Período para inscrição das chapas encerrou-se no dia 1º, com oficialização de três chapas. Diante da turbulência, o bloco contrário – com maioria na comissão eleitoral recém-empossada – ao atual comandante encaminhou à sede do órgão uma das urnas de votação, o que gerou indignação no presidente, quando começou bate-boca. Ambos fizeram BO (Boletim de Ocorrência).

Pavan afirmou que a ala “quer fazer disputa sozinha à força”, sem amparo estatutário. Segundo ele, “é puro desespero por terem perdido o prazo para inscrição”. “Estão buscando promover eleição em cima de edital que eles mesmos pediram para cancelar. Fui falar da irregularidade (do pleito). Recebi rasteira e chutes, na covardia”, disse, ao acrescentar que coleta de votos, iniciada ontem, se deu também com problemas. “Não conseguem entrar nos setores. Havia urna do lado de fora do vidro da Prefeitura. Vão partir para a fraude, encher urnas.”

Coordenador do departamento de imprensa do Sindserv, Rodrigo Gomes alegou que o páreo, depois da briga, “está transcorrendo” dentro da normalidade. “Problema aconteceu só com a urna um (na sede). Ele (Pavan) entrou com liminar (para paralisar). Pleito em si não tem nada que desmereça. A eleição prossegue.”