O Ministério da Saúde lançou ontem a Campanha Nacional de Multivacinação 2016, com o objetivo de mobilizar os pais ou responsáveis a levarem seus filhos para atualizar o cartão de vacinação. A ação será voltada para menores de 5 anos e crianças e adolescentes entre 9 a 15 anos incompletos. Com a campanha serão atualizadas 14 vacinas nesses públicos, como meningocócica C, pentavalente, tríplice viral, tetra viral, hepatite A e HPV.

O dia D da mobilização nacional está marcado para o dia 24, mas a campanha já será iniciada segunda-feira e vai até 30 de setembro.

Ao todo, foram enviadas às unidades da Federação 26,8 milhões de doses, que servem tanto para a vacinação de rotina, neste mês (7,6 milhões), como doses extras para a campanha (19,2 milhões). Ao Estado de São Paulo serão enviadas 4,8 milhões de doses. A Secretaria Estadual da Saúde será responsável por repassar as doses aos municípios. A expectativa é a de que as vacinas cheguem ao Grande ABC hoje. A quantidade que cada cidade receberá ainda não estava definida até o fechamento desta edição.

Com a campanha, o Ministério da Saúde espera a redução das doenças imunopreveníveis no País e diminuir o abandono à vacinação. Como a imunização será de forma seletiva para a população-alvo, não há meta a ser alcançada.

MUDANÇA

Em janeiro, o ministério promoveu alteração no esquema de aplicação de quatro vacinas. A da poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral (gotinha). Até 2015, o esquema era de duas injetáveis e três orais. A mudança está de acordo com a orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e como parte do processo de erradicação mundial da pólio.

A vacinação do HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas, após constatações de estudos recentes. As mulheres vivendo com HIV entre 9 e 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

O reforço da vacina meningocócica, que anteriormente era administrado aos 15 meses, passou a ser realizada aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

Por fim, a pneumocócica10 valente teve redução de uma dose. Ela passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.