Setecidades Titulo Habitação
MTST e Dersa discutem acordo para moradias

Órgão estadual estuda conceder área, em Mauá, para movimento construir unidades habitacionais

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
14/09/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


 Representantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) devem selar nas próximas semanas acordo para que o órgão estadual conceda área de 243 mil m², localizada no Jardim Oratório, em Mauá, para o movimento construir cerca de 1.600 unidades habitacionais. O terreno em questão, de propriedade da Dersa, é remanescente das desapropriações necessárias para a implantação do Complexo Jacu-Pêssego, que liga a cidade à Capital.

Localizada às margens do Rodoanel Mário Covas, a área abrigou ao longo do ano passado integrantes do MTST. No local, cerca de 2.000 famílias instalaram no terreno da Dersa a ocupação Oziel Alves, militante morto no massacre de Eldorado dos Carajás.

Após negociações, parcela do grupo desocupou no início deste ano a área com a promessa de que o terreno seria destinado para construção de moradias. “Desde então o MTST junto à Dersa tem se empenhado para elaborar projeto habitacional que irá atender famílias cadastradas na Prefeitura. A expectativa é a de que na reunião que iremos ter no dia 21, com representantes do órgão estadual, o projeto avance para que até o final do ano tudo seja apresentado para a Caixa Econômica Federal”, relatou uma das organizadoras do movimento, Maria das Dores Cerqueira.

Segundo Maria, a proposta do movimento é que o projeto habitacional receba aporte do governo federal, por meio de repasses do Minha Casa, Minha Vida Entidades. “O projeto será conduzido pela Associação Esperança de Um Novo Milênio. É uma entidade nacional”, explica.

Atualmente cerca de 23 famílias ainda residem na área. “Foi um acordo que fizemos com a Dersa para que o terreno não seja invadido”. Entretanto, ontem o Diário foi até o terreno e não localizou integrantes do MTST. No local só estavam as tendas montadas.

Segundo a Dersa, as tratativas visando destinar a área em questão para a construção de moradias, em consonância com programas de reassentamento da companhia continuam na pauta do órgão estadual. “O objetivo é unir forças com a Caixa Econômica Federal e entidades vinculadas ao movimento pela moradia popular no sentido de atender famílias atingidas pelas obras de seus empreendimentos viários.”

O órgão estadual reforçou que a viabilidade do empreendimento está sendo analisada pela Caixa Econômica Federal. No entanto, procurado pelo Diário, o órgão negou a informação.

Em nota, a Caixa declarou “que não existe até o momento análise de projeto dentro do âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida no endereço citado”, no caso da área onde foi feita a ocupação Oziel Alves, no Jardim Oratório, em Mauá.

 

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;