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Ato reivindica soluções para crise na Educação
Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
27/08/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC:


Movimentos sociais e estudantes da região protestaram na tarde de ontem, em Santo André, contra os recentes cortes de verbas para projetos na área da Educação nos âmbitos municipal, estadual e federal. O ato, que reuniu cerca de 350 pessoas em frente à EE Dr. Américo Brasiliense, no Centro, foi o primeiro realizado em resposta ao anúncio de redução de até 45% no orçamento previsto para investimento nas instituições federais de ensino para 2017.

Durante o ato, estudantes e professores se posicionaram contra o projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), que pretende incluir o programa Escola sem Partido entre as diretrizes e bases da Educação nacional e também fizeram duras críticas aos cortes de bolsas fornecidas para estudantes do Ensino Superior.

“Com esse cenário de redução de verba das universidades federais, nosso medo é comprometer todos os setores da instituição, desde os setores de inclusão, responsáveis pelas bolsas, como também as áreas de iniciação cientifica e projetos básicos para manter as áreas administrativas”, avalia o presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFABC (Universidade Federal do ABC), Junior Magalhães, 27 anos.

Conforme o Diário noticiou em junho, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), com campus em Diadema, já enfrenta dificuldades financeiras. Com parte do orçamento para custeio contingenciados pelo MEC (Ministério da Educação), a instituição alegou só ter verba para atividades básicas, colocando em risco o aporte de manutenção das pesquisas. Na UFABC, os cortes prejudicam as obras que estão sendo realizadas nos campi de Santo André e São Bernardo.

Representando a classe de docentes, Roberta Ragi, 47, aproveitou o ato para reivindicar mais atenção à EJA (Educação de Jovens e Adultos). Segundo ela, a área tem ganhado cada vez menos atenção do poder público. “É um setor no qual os estudantes sentem cada vez mais dificuldades de acesso. É preciso que, tanto nós professores como alunos, aproveitemos essa união da categoria para pedir mais atenção aos nosso direitos, principalmente agora, que temos o risco de a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241 ser aprovada”. O texto institui teto para os gastos públicos, o que na prática pode afetar áreas básicas, como a Educação.

Para o estudante Guilherme Botelho, 17, representante da UJS (União da Juventude Socialista), embora a área tenha enfrentado diversas baixas ao longo do ano, é preciso destacar a força que movimentos sociais do setor conseguiram. “A greve dos professores em 2014, e os protestos dos estudantes ano passado fizeram com que ambos grupos se unissem, o que na prática faz com que todos tenham como foco o aprimoramento do sistema de Educação do nosso País. Isso, com certeza, é nossa principal arma para conquistar nossos direitos.”




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