Mais de duas mil pessoas visitaram no sábado a exposiçao e tiveram que esperar pouco tempo nas pequenas filas que se estendiam em frente à bilheteria. No interior do museu, apesar do grande movimento, nao houve tumulto. A ida para assistir aos grandes mestres espanhóis se transformou em programa para todas as idades. A analista de sistemas Alessandra Ricciardi aproveitou a folga e foi conferir as obras espanholas com a filha Maria Carolina, de um ano e meio. "Esta exposiçao é imperdível pois trouxe ao Rio um acervo que sai pouquíssimo da Espanha. Além disso, minha família é espanhola e por isso me sinto ainda mais tocada por esta exposiçao", disse Alessandra.
Esplendores de Espanha abriga cerca de 150 peças entre pinturas, esculturas, jóias, livros e mapas que remetem ao período áureo da arte espanhola. Tantas obras-primas fizeram com que a advogada Sandra Nobre se deslocasse de Brasília até o Rio especialmente para conferir a mostra. "Gosto muito da arte espanhola e estar aqui me faz lembrar as belezas que vi no Museu do Prado", diz Sônia, que veio acompanhada de dois sobrinhos pequenos e dois adolescentes.
Patrícia Vasquez e Beatriz Monnerat, 15 anos, também aproveitaram o sábado para viajar no tempo e relembrar apontamentos de História. "Estou adorando pois encontrei muita coisa que aprendi na escola este ano: Os Lusíadas, figuras das dinastias espanholas, fatos históricos e expediçoes marítimas da Espanha", contou Patrícia.
Com entrada franca, o domingo chuvoso foi de grande movimento na porta do MNBA. No meio da tarde as filas já se estendiam por todo o quarteirao do museu. As 14h30 funcionários da exposiçao bloquearam por alguns minutos a entrada dos visitantes por questao de segurança. "Durante toda a semana o museu ficou muito cheio, mas hoje (domingo) o número de visitantes teve ter triplicado", avalia Charles André, responsável pela portaria do museu.
Para o jornalista Elson Pereira as filas deste domingo, que se estendiam pelas escadas e em algumas salas do museu, nao chegaram a incomodar. "Pensei que estivesse muito mais cheio. Uma exposiçao desse porte é rara e ninguém quer perder a oportunidade de assisti-la", disse Elson, acompanhado da mulher e dois filhos. Maria Lucia Batista, 54 anos, estudante de Economia, diz que a curiosidade e a gratuidade dos ingresso foram mote para assistir à exposiçao. "Além disso nao sei se terei oportunidade de visitar a Espanha", afirmou.
Durante toda a semana, as salas que concentraram maior atençao foram as dos mestres El Greco e Velázquez além das obras de arte devocional espanhola com amostras de artistas como Vicente Carducho, Eugenio Cajés e José de Ribera.
Na saída da exposiçao, a livraria se transformou em parada quase obrigatória. Vendendo produtos ligados à exposiçao como camisetas, bolsas, além de souvenirs da cultura espanhola, a loja ficou lotada.
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