Setecidades Titulo São Bernardo
Avenida Índico é liberada
para circulação de carros

A via estava fechada desde o dia 6, quando desabou todo
bloco de final 4 do Edifício Senador, que matou 2 pessoas

Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
25/02/2012 | 07:00
Compartilhar notícia


Um dia depois de o Diário ter publicado a reclamação dos comerciantes de queda em torno de 80% no movimento na Avenida Índico e no seu entorno, a Prefeitura de São Bernardo recuou e resolveu abrir, ontem à tarde, trecho inicial da via, além da Rua Antilhas, para circulação de veículos. O local estava interditado desde o dia 6, quando todo o bloco de final 4 do Edifício Senador, totalmente comercial, desabou e matou duas pessoas soterradas nos escombros - criança de 3 anos e enfermeira de 26.

Na edição de quinta-feira, o governo Luiz Marinho (PT) havia informado que, apesar do abaixo-assinado dos comerciantes para reabertura parcial da Rua Antilhas, vindo pela Avenida Redenção, localizada próxima ao prédio, na região central, as duas vias permaneceriam fechadas até a conclusão do laudo pericial que apontará as causas do acidente. Porém, a Avenida Lucas Nogueira Garcês, que também circunda o condomínio, permanecia aberta para acesso dos veículos.

Coincidentemente, o prefeito Luiz Marinho esteve em restaurante da Avenida Índico para almoçar anteontem e constatou o baixo movimento em um dos pontos comerciais mais valorizados da cidade. Depois do acidente e do fechamento das vias, o início da Avenida Índico e seu entorno ficaram praticamente à míngua, conforme registrado pela equipe do jornal.

"Conversamos com o prefeito e mostramos a dificuldade que enfrentamos com a não circulação dos veículos", afirmou Luiz Jorge Menezes Mendonça Filho, dono do Restaurante Nordestão e que encabeçou o abaixo-assinado.

A abertura das vias também foi festejada por outros comerciantes. Foi o caso de Wilson Roberto Botter, proprietário do Park Will Estacionamento há 18 anos. Antes do acidente, a média era de 120 carros por dia estacionados no local - atualmente estava apenas o do dono. "Ainda não deu para sentir o retorno, mas, sem dúvida, com a liberação das vias o movimento melhorará", apostou.

O comerciante ressaltou que circulavam pelo prédio comercial, lacrado provisoriamente pela Defesa Civil, cerca de 1.000 pessoas por dia, entre as clínicas médicas e dentistas e o cartório de protestos.

A calçada ao redor do Edifício Senador continuará interditada à circulação de pedestres. O perigo, segundo guarda-civil municipal que fazia a segurança da área, está nos "pedaços avulsos" do prédio despencarem. Esquadrias de alumínio e vidros pendurados do lado externo ainda fazem parte da cena do acidente.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;