Márcio Chaves (PSD), ex-vice-prefeito de Mauá (1997-2004), evidenciou declínio do seu projeto de disputar o Paço em outubro. Após ter deixado o PT no ano passado para investir em candidatura a prefeito, o pessedista afirma ter “espaço para construir diálogos” com os prováveis postulantes, inclusive com o prefeito Donisete Braga (PT), que disputará a reeleição.

Recém-recuperado de infecção no intestino, que o deixou hospitalizado por 20 dias, Márcio Chaves refuta desistir do páreo por problemas de saúde, mas indica que poderá negociar acordo com um dos futuros prefeituráveis. “Não fechamos nenhuma possibilidade de aproximação, nem fechamos as portas para o Donisete”, revelou o ex-vice-prefeito, ao acrescentar que saiu do PT por “falta de espaço”. “Mas tem de haver aproximação de ambos os lados”, avisou.

Número dois do Paço mauaense nas duas primeiras gestões do prefeito Oswaldo Dias (PT), Márcio Chaves se desfiliou do PT, partido que ajudou a fundar, no ano passado. Alegou série de frustrações por não conseguir emplacar projetos eleitorais no partido – ficou no ostracismo depois que deixou o Paço, sem conseguir êxito em candidaturas a deputado. Ingressou no PSD prometendo ser candidato a prefeito.

A possível derrocada do projeto do pessedista soma-se às recentes movimentações que colocaram em xeque a candidatura do ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PSDB) ao Paço mauaense. Apesar de sustentar sua participação na corrida eleitoral, Chaves era tido como potencial candidato a vice na chapa de Volpi. A candidatura do tucano, porém, é vista com desconfiança pela cúpula do PSDB paulista, já que o desempenho do ex-prefeito em pesquisas internas tem deixado a desejar. A sigla já estaria em aproximação com o deputado estadual Atila Jacomussi (PCdoB, prestes a ir para o PSB).