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Conselho da Xstrata recomenda fusão
01/10/2012 | 04:59
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O Conselho de Administração da Xstrata recomendou hoje que os acionistas da empresa votem a favor da oferta melhorada de aquisição feita pela Glencore, após fazer várias revisões destinadas a quebrar o impasse sobre a remuneração dos executivos que ameaçou encerrar o acordo. A decisão do conselho abre caminho para Glencore e Xstrata consumarem a fusão, anunciada em fevereiro, que criará uma gigante de mineração com valor de mercado de cerca de US$ 70 bilhões.

 

A recomendação inclui uma nova estrutura de votação dos acionistas, elaborada após três semanas de consultas. As empresas foram forçadas a renegociar o acordo depois que os acionistas da Xstrata ameaçaram derrubar os termos originais da fusão.

 

A mudança fundamental envolve a separação da votação sobre os pacotes de retenção dos executivos da votação sobre o acordo de fusão, de modo que a aprovação do negócio não está mais condicionada à aprovação dos pacotes de retenção. Sob a estrutura original, os pacotes de retenção e o acordo de fusão precisavam ser aprovados para o negócio seguir adiante.

 

Em sua proposta melhorada, a Glencore ofereceu 3,05 de suas ações para cada ação da Xstrata, acima da oferta anterior de 2,8. A empresa também quer seu presidente-executivo, Ivan Glasenberg, à frente da nova companhia.

 

Já o diretor-presidente da Xstrata, Mick Davis, irá assumir a posição de CEO da empresa combinada, a fim de ajudar na transição, mas deixará o cargo depois de seis meses com um pacote de rescisão de 9,6 milhões de libras (US$ 15,6 milhões).

 

O negócio traz ainda implicações para o setor de mineração ao redor do mundo. Na América do Sul, além do Brasil, Glencore e Xstrata têm minas no Peru, Colômbia, Bolívia, Argentina e Chile. No País, onde a Xstrata tem uma mina de níquel no Pará em fase de estudos, a fusão pode não ter impacto imediato, segundo analistas. A Vale tentou comprar a Xstrata em 2008, mas as negociações não evoluíram por falta de acordo sobre o preço. As informações são da Dow Jones.




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