Terminou sem acordo a penúltima negociação entre o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e os metalúrgicos de São Bernardo, Diadema e São Caetano sobre a campanha salarial. Quinta-feira, as montadoras ampliaram a proposta de reposição da inflação, rejeitada pela categoria porque nada foi oferecido de aumento real de salários.

A última reunião esta programada para as 10h de sexta-feira, na Capital. Se não houver consenso, os metalúrgicos prometem decretar estado de greve a partir de sábado, informaram os sindicatos do ABC (ligado à CUT) e de São Caetano (Força Sindical). O Sinfavea não se manifestou.

Na negociação de quinta-feira, as montadoras apresentaram a proposta de reajuste de 6% em outubro, e mantiveram o abono de 20% do salário em setembro, mas aumentaram o teto salarial para R$ 5,5 mil. Antes, o percentual era para quem ganha até R$ 5,3 mil.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, a proposta do Sinfavea está abaixo do esperado. A recomposição da inflação chegará com perdas. "Querem dar o repasse em outubro, porém a data-base é em 1º de setembro."

Protesto – A CUT-SP espera reunir nesta sexta-feira cerca de 5 mil trabalhadores de categorias com data-base no segundo semestre e servidores do governo paulista em uma passeata na capital paulista. Os manifestantes querem abertura de negociação permanente.