Política Titulo Falta da rua
Legislativo de Diadema posterga anúncio de integrantes da CPI da Tecnisa

Nomes devem sair só na semana que vem; Paço não quer apuração

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
01/05/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


Os vereadores de Diadema postergaram mais uma vez a definição dos cargos de presidente e relator da CPI da Tecnisa, que foi requerida pelo oposicionista Josa Queiroz (PT). A ação ocorreu no dia 15, logo após o Diário publicar desrespeito à legislação municipal por parte do governo do prefeito Lauro Michels (PV) e da construtora, que não construíram rua dentro do empreendimento localizado no bairro Piraporinha.

Segundo Josa, a definição das funções ocorrerá durante a semana, devendo ser concluída até a sessão de quinta-feira. Ontem, os parlamentares aprovaram, por unanimidade, projeto de decreto que instaura comissão. “Devemos nos reunir com lideranças para buscar entendimento nos trabalhos. Tínhamos hoje (ontem) de aprovar decreto para dar sequência. Não houve prorrogação”, argumentou.

O petista deve ser o presidente da CPI e o cargo de relator provavelmente ficará entre os governistas, embora não tenham sinalizado qualquer indicação nominal.

Líder do governo, Atevaldo Leitão (PSDB) ratificou que não vê irregularidades na obra e afirmou que vê como desnecessária a instauração de comissão parlamentar para investigar o empreendimento. “O governo e a construtora estão respondendo aos questionamentos e continuo achando que não precisava de CPI”, pontuou.

Nesta semana, vereadores prestaram depoimento na delegacia seccional, que abriu inquérito para investigar andamento das obras do empreendimento imobiliário.

O documento foi impetrado pelo delegado supervisor do setor de investigações gerais, Murilo Fonseca Roque, que está colhendo série de depoimentos. Além dos vereadores, está ouvindo técnicos da administração e da Tecnisa. O desrespeito a uma lei pode ser considerado improbidade administrativa por parte do prefeito.

O empreendimento imobiliário está quase finalizado entre as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível e Ulysses Guimarães, na entrada do bairro Piraporinha.

Iniciada em 2011, ainda no governo de Mário Reali (PT), a construção de 1.600 unidades foi autorizada mediante contrapartida de abertura de uma rua para proporcionar melhora no trânsito.

O Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) acusou irregularidade na obra, revelando ausência de documentos de liberação.




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