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Unidades de Saúde ampliam cuidados com casos de H1N1
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
07/04/2016 | 07:00
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Celso Luiz


A alta nos casos de gripe causada pelo vírus H1N1, que neste ano já acometeu 12 pessoas na região e causou três mortes, tem ampliado a demanda de pacientes nas unidades de emergência do Grande ABC. Por conta da gravidade da doença, algumas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e hospitais já adotam protocolos que visam evitar a proliferação do micro-organismo e, consequentemente, novas contaminações, como a distribuição de máscaras entre pacientes e funcionários e o isolamento dos suspeitos durante a espera.

Em São Caetano, por exemplo, a procura por atendimento no Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin quase triplicou. O número de pacientes que procuram a unidade passou de 500 para 1.200 por dia. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar adotou medidas do tipo: vacinação dos profissionais da Saúde contra a gripe (trivalente – inclui H1N1), distribuição de máscara na triagem para pacientes com suspeita da doença, além da instalação de dispensers com álcool em gel e campanha para incentivar a lavagem das mãos. A Secretaria de Saúde também estuda ampliar o número de funcionários técnicos.

A equipe do Diário constatou que São Bernardo também adotou alguns cuidados para evitar a proliferação do vírus H1N1. Tanto no PS (Pronto-Socorro) Central quando na UPA Rudge Ramos, pacientes que apresentam sintomas como calafrios, mal-estar, dor de cabeça e de garganta, infecção aguda das vias aéreas e febre recebem máscara e são isolados para o atendimento. No caso do vidraceiro Jakson Jean Correa, 23 anos, a suspeita não foi confirmada e ele foi liberado na tarde de ontem, após dois dias de preocupação. “O médico disse que meus exames estão normais, apesar de não ter melhorado”, comemora.

Em Santo André, a microempresária Daniele Nogueira, 29, procurou atendimento na UPA Centro com sintomas como estado febril e dor no corpo. “Estou grávida, então achei melhor procurar o médico. O H1N1 preocupa”, afirma. Na unidade, alguns pacientes receberam máscara, o que não foi o caso da gestante.

Na UPA Vila Assis, de Mauá, que estava movimentada, não houve mudanças no procedimento. A funcionária pública Sônia Maria da Silva, 46, está com gripe há uma semana. “Se fosse em outra época, trataria em casa mesmo, mas fiquei com medo”, revela. Segundo ela, apenas os funcionários do setor de raio X utilizavam máscaras. “Você percebe que todo mundo está tossindo e espirrando e fica no mesmo local. Chega a ser preocupante.”

A Prefeitura de Mauá informou que, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, o profissional deve utilizar máscara cirúrgica e óculos quando houver risco de respingos durante procedimentos. No entanto, há critérios, já que o uso indiscriminado transmite a sensação errônea de proteção aos funcionários, além de criar alarde desnecessário à população. A Pasta informou ainda que as unidades de Saúde têm dispositivos de álcool gel, inclusive nos corredores e recepção.

Já na UPA Santa Luzia, de Ribeirão Pires, os funcionários que faziam a primeira triagem dos pacientes utilizavam máscaras.

Santo André e Diadema destacaram que orientam a população sobre medidas preventivas, como lavar frequentemente as mãos com água e sabão, cobrir a boca com lenços descartáveis ao tossir e espirrar e não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal, por exemplo.

 

SUSPEITOS

Subiu para dez o número de óbitos suspeitos de H1N1 na região, sendo cinco em Santo André, dois em Diadema, um em Mauá e dois em Ribeirão Pires. As prefeituras aguardam resultado de laudo do Instituto Adolfo Lutz. (colaborou Yara Ferraz)

 

 




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