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Público prestigia a 1ª Bienal de Gravura
Por Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
11/11/2001 | 18:09
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  A 1ª Bienal de Gravura de Santo André começou bem. Cerca de 400 visitantes assinaram o livro de presença entre a inauguração, na noite de sexta-feira, e as 16h deste domingo. Isso apenas nas mostras de caráter nacional e internacional realizadas no Salão de Exposições do Paço e no saguão do Teatro Municipal andreense (espaços contíguos). O evento conta ainda com uma série de outras atrações.

Vale salientar que nem sempre os presentes assinam o livro, o que leva a crer que o número seja ainda maior. Sem dizer que choveu forte no sábado e no domingo, inibindo a visitação. A reportagem do Diário compareceu às mostras, na abertura e no sábado, para saber a opinião das pessoas sobre a Bienal.

“Gostei das exposições, as gravuras são muito bonitas. É de coisas assim que precisamos, principalmente em uma época tão trágica como a que estamos enfrentando”, disse o conferente Elias dos Santos Cristo, 25 anos. “Só acho que deveria ter mais divulgação, para que as pessoas tomem conhecimento e compareçam ao evento”, afirmou.

A balconista Rosani Luiz Moreira, 40 anos, também apreciou a Bienal. “Essa é de gravura, o que é muito bom. Acho que essa idéia poderia abranger também outros tipos de arte, como pintura e escultura, por exemplo”, disse.

“Espero que essa Bienal seja a primeira de milhares. Sobre as exposições, o legal é perceber a diferença entre a obra de cada artista, sentir o que cada um deles quis transmitir. Saber que importantes nomes da gravura brasileira, assim como pessoas vindas do exterior, estão ou estarão em Santo André, só valoriza o Grande ABC”, afirmou o ferramenteiro Marcelo Furlan, 39 anos.

O artista plástico Valdo Rechelo, 44 anos, coordenador de Artes Visuais da Fundarte (Fundação das Artes de São Caetano), professor de gravura e aquarela da Fatea (Faculdades Integradas Teresa D’Ávila) e que está envolvido nos atetiês abertos promovidos pela Bienal, esteve nas mostras no vernissage e no sábado. “Retornei para poder ver com mais tranqüilidade”, disse.

“Esse evento mostra pela primeira vez na região a importância da multiplicação da imagem, que é peculiar da gravura. Quer dizer, explicita a capacidade que essa linguagem artística tem de atingir os mais distintos lugares ao mesmo tempo. Um múltiplo da obra pode estar no Brasil, enquanto outro está na Europa, por exemplo. A Bienal é uma atração extremamente relevante, pois apresenta também as possibilidades da gravura, as suas várias caras”, afirmou Rechelo.

Iole Di Natale, 60 anos, gravurista desde os anos 70, esteve no sábado na Casa da Palavra, em Santo André, onde participou de um dos encontros organizados pela Bienal. De lá, partiu para o Paço Municipal, para ver as exposições. “O valor desta Bienal ultrapassa os limites nacionais”, disse a artista.




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