Os créditos em relação à criação do celular são de Martin Cooper, engenheiro norte-americano considerado lenda da indústria digital. Em 3 de abril de 1973, ele utilizou o aparelho Motorola Dynatac 8000X pelas ruas da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, para realizar a primeira ligação documentada de um telefone móvel na história. Apesar de ser considerado portátil, o dispositivo pesava 997 gramas (a maioria dos aparelhos atuais pesa entre 150 e 200 gramas), era bem maior do que uma mão adulta e sua bateria aguentava apenas uma chamada de, no máximo, 20 minutos de uso.

A ideia de se desenvolver a tecnologia necessária para a existência de telefones ‘de bolso’ nasceu entre as décadas de 1960 e 1970. Os primeiros resultados colocaram aparelhos em alguns carros de luxo. Reza a lenda que Cooper era grande fã da série futurista Star Trek, tendo buscado inspiração nos comunicadores usados pelos personagens para bolar seus projetos.

As mudanças iniciais do setor foram marcadas pelas diminuições de tamanho e peso dos celulares. O desenvolvimento de processadores cada vez mais poderosos deu espaço para incrementar o item com telas, câmeras fotográficas e capacidade de reprodução de músicas. Claro que o fato de ficarem bem mais baratos do que no passado foi essencial para sua popularização, sendo que a presença dos primeiros ‘joguinhos’, como o ‘jogo da cobrinha’, apareceram como diferencial para o público.

Talvez a maior revolução do setor tenha ocorrido nos anos 2000, quando a conexão com a internet tornou-se realidade. Os smartphones nasceram a partir das fusões dos celulares, capazes de fazer chamadas telefônicas e trocar mensagens de texto com outros aparelhos, com os assistentes pessoais digitais, estes tendo agendas de contatos e blocos de notas entre suas funções normais, que também incluíam acesso ao universo on-line de maneira primária.

Atualmente, a disponibilidade de redes de dados móveis (planos de tecnologia 3G ou 4G fornecidos pelas operadoras) e a ampliação da conexão via wi-fi deixam os usuários conectados com o mundo a todo o momento, com a utilidade das ligações ficando em segundo plano quando se tem um celular em mãos. 

Pergunta de Heitor Maia de Oliveira, 9 anos, de São Caetano.

Consultoria de Nilton Kleina, jornalista e editor do site TecMundo, portal de notícias especializado em tecnologia.