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Família busca jovem desaparecida

Rosali da Silva Gomes está desaparecida desde o dia 13; ex-namorado é suspeito

William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
26/06/2008 | 07:04
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A família reunida na casa seis da viela Cantareira, no Jardim Silvina, em São Bernardo, ainda aguardava o retorno de Rosali da Silva Gomes no início da noite desta quarta. Ela completa 23 anos em 2 de julho e desapareceu no dia 13, depois de seguir com o ex-namorado, o vigilante Marco Antônio Campos, 38 anos, para o Centro de São Paulo. Lá, faria a integração no emprego recém-conquistado, o primeiro com carteira assinada e onde começaria a trabalhar no dia seguinte ao sumiço.

A moça foi deixada pelo irmão Adílson em local próximo à casa onde moram, por volta das 5h. Ela havia combinado de se encontrar com o ex-namorado. Ele a levaria de moto para o novo emprego. Os irmãos ainda conversaram depois, pelo celular, por volta das 14h. Rosali teria dito que estava com Campos e tudo caminhava bem, com conta aberta no banco, crachá e roupas do novo trabalho na mão. Foi o último contato entre eles.

A família aguardou a chegada de Rosali até as 18h30, quando o desespero começou a dominar a todos. Adílson usou o celular por diversas vezes, sem sucesso.

Quase ao mesmo tempo, outro irmão era contatado por Campos. Anderson havia trabalhado com o ex-namorado da irmã, que o convidou naquele dia a retomar o serviço nas proximidades da Avenida Portugal, em Santo André. Ainda sem saber o que se passava, recusou a oferta. Foi a última vez em que falou com ele.

O desespero aumentou nas primeiras horas do dia seguinte. Sem notícias de Rosali, os irmãos acionaram a polícia na manhã do sábado e seguiram para o estacionamento onde Campos morava, na Rua Duque de Caxias, em Santo André. A família chegou ao local por volta das 9h, e encontrou apenas os móveis do vigilante, que teria levado embora alguns aparelhos eletrônicos e roupas.

A polícia fez buscas nas proximidades, sem êxito. Logo depois, os irmãos descobriram que Campos havia recolhido antecipadamente R$ 5 mil dos clientes na região. Na noite daquele dia, o vigilante teria feito um último contato. De um telefone com prefixo do Itaim Paulista, ligou para um amigo e disse que tinha cometido um grande erro, "acabando com a própria vida".

Casado com uma servidora pública de Canapi (AL) e pai de dois filhos, Campos namorou Rosali por três meses. Ela, também mãe de duas crianças - uma de cinco e outra de oito anos - teria terminado o relacionamento por não ver futuro ao lado do vigilante.

A família de Rosali diz que Campos aparentava ser uma boa pessoa, tanto que conquistou a confiança de todos. Porém, com o tempo, se mostrou obcecado. Hoje, é suspeito de ter sumido com a moça.

Polícia destaca dois investigadores para o caso

O delegado José Neme Júnior, do 6º Distrito Policial de São Bernardo, destacou dois investigadores para acompanhar o desaparecimento de Rosali e Marcos Antônio.

A polícia acionou inclusive as autoridades de Canapi (AL) para obter informações junto aos familiares do vigilante. Até o momento, não tem pistas que levem ao paradeiro dos dois. Nenhuma hipótese foi descartada.

Neme Júnior diz que o vigilante não havia estabelecido vínculos na região, o que torna a investigação bastante difícil. Tio de Marco Antônio, Manoel Lemos Damasceno, 62 anos, é o familiar mais próximo no momento. Foi ele quem convidou o sobrinho a trocar o Nordeste pelo Grande ABC, em 2005. "Infelizmente, Não sei mais nada sobre ele", disse.




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