Faça as contas: você elege agora dois senadores, para completar a bancada de três por Estado (27 Estados, 81 senadores). Renova toda a bancada da Câmara Federal (513 deputados).

Para dar conforto a essa multidão de nobres parlamentares, o Projeto de Lei Orçamentária de 2011 prevê gastos de R$ 154 milhões, só para construções, reformas e ampliações. Essas despesas não incluem salários, verbas diversas, assessores às dezenas, auxílios até para comprar roupa, passagens etc.) O cálculo é do site Contas Abertas.

Perguntar não ofende: em vez de gastar R$ 154 milhões na ampliação e melhoria das instalações para tantas excelências, por que não reduzir o número de excelências? Dois senadores por Estado, como nos Estados Unidos, seriam pouco demais? E, digamos, 250 deputados federais - é preciso um número maior? Só com essa redução, se tornaria desnecessário gastar tanto dinheiro público com ampliações, construções, instalações, apartamentos funcionais, diárias de hotel para quem não quer morar em apartamentos funcionais. E haveria uma tremenda economia não só em salários parlamentares (e verbas, e auxílios diversos), mas também nas despesas de apoio: menos assessores, secretárias, enfermeiras, motoristas, oficiais de gabinete, copeiras, faxineiras, engraxates, barbeiros, boys, todos aqueles funcionários que nós pagamos e que parecem indispensáveis para o Parlamento.

E, o mais importante, o Congresso funcionaria melhor.

Tanta gente lá dentro se torna inadministrável. Como costurar acordos que envolvam uma multidão?