Enquanto seu ministro das relações exteriores, Jack Straw, defende o envio de mais 5 mil soldados britânicos ao Iraque para evitar um fracasso estratégico, Blair disse que não tinha tomado nenhuma decisão. "Creio que o que temos feito no Iraque é justo", afirmou Blair, insistindo em que "não é momento de vacilar mas de redobrar os esforços".
O ministro da defesa, Geoff Hoon, pediu uma reavaliação das forças e dos recursos necessários para apoiar as operações britânicas no Iraque, diante dos acontecimentos das últimas semanas no país, onde há 10.500 soldados britânicos.
O fato de não terem sido encontradas armas de destruição em massa no Iraque e os ataques terroristas tornam ainda mais incômoda a posição de Blair, principal aliado do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no Iraque.
"As forças americanas e britânicas não são contra o povo iraquiano, mas junto com a grande maioria dos iraquianos enfrentam um grupo reduzido de partidários de Saddam Hussein e uma quantidade crescente de grupos terroristas vindos do exterior", alegou Tony Blair.
Blair, na entrevista mais incômoda de sua vida, rejeitou todas as perguntas sobre a investigação do suicídio de David Kelly, um cientista do ministério da defesa que acusou o governo, segundo a BBC, de ter exagerado a ameaça que significava o Iraque de Saddam Hussein.
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