Artigo

A determinação inédita da Anatel, suspendendo temporariamente a venda de chips e serviços de internet das operadoras OI, TIM e Claro em alguns Estados surpreendeu a todos nós usuários, operadoras e o mercado móvel em geral em julho. Aparentemente trouxe movimentação negativa, chamando a atenção para a má qualidade dos serviços prestados, com base no aumento de reclamações por parte dos consumidores em todo Brasil. De fato, o número das queixas registradas no Procon se destacou e a Anatel teve que intervir.

Mas o que precisamos discutir é de que forma essa medida deve impactar o mercado. E o usuário, o que pode esperar daqui em diante? Entendo a postura da Anatel muito assertiva, consagrando momento decisivo de melhorias, qualificando produtos e serviços aos usuários.

Acredito que essa movimentação abre outro ciclo para oxigenar o mercado de telefonia, tornando-o mais sólido e regulamentado, propício para investimentos e novas apostas. Sem dúvida, divisor de águas, onde a imposição de normas mais rigorosas gera estabilidade, o que deve estimular investimentos por parte das empresas e também oportunidade para que as operadoras ajustem sua infraestrutura, produtos e atendimento ao cliente. Com novos serviços e produtos ofertados é natural aumento também na venda dos aparelhos móveis, que cresce continuamente no País.

Estimativas divulgadas recentemente pela consultoria IDC revelam que a venda de smartphones no Brasil deve aumentar em 73% ainda neste ano. Durante 2011, foram vendidas no País aproximadamente 9 milhões de unidades, recorde. Para este ano, o número de aparelhos comercializados deve passar dos 15 milhões. Em relação à quantidade de linhas ativas, a Anatel confirma 256 milhões atualmente.

Acredito ainda em outro fator relevante que a decisão da Anatel deve impulsionar nas operadoras: a oferta de mais serviços que recompensem o usuário. Vejo que a tendência é seguir o que o mercado europeu faz muito bem, investir massivamente em ‘programas de fidelidade' para estreitar o relacionamento com seus clientes através de bônus e promoções. Além de gerar valor agregado, reforça a competitividade do mercado, onde o grande beneficiado é o consumidor.

Marcel de Matos é diretor de negócios.

Palavra do Leitor

Ademir Medici

O Gipem (Grupo Independente de Pesquisadores da Memória do Grande ABC) está em festa pelo jubileu de prata da coluna Memória do jornalista Ademir Medici, deste Diário, que nos faz relembrar o passado vivendo o presente com bastante alegria. Avesso aos holofotes, dentro de sua simplicidade e humanidade, granjeia a simpatia de todos que o conhecem e o admiram, como nós, que desfrutamos de sua amizade com bastante alegria. De mão dada com todos os leitores deste jornal pedimos a Deus vida longa e saúde para você, Ademir, que temos certeza de sua batalha em não deixar cair no esquecimento toda uma história de vida e amor do nosso querido Grande ABC. Parabéns de todo nosso grupo do Gipem.

João de Deus Martinez

Santo André

Só se ganhar!

A candidata do PT em Ribeirão Pires reclama da falta de investimento na cidade na época do presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas o seu partido atrela melhoria para as cidades do Grande ABC à vitória de seus candidatos na eleição, conforme o discurso da fraca ministra do Planejamento em campanha no fim de semana na região.

Antônio Marcos Costa

Mauá

Resposta

Em resposta ao leitor Carlos Henrique Migliorim (Linha 064, dia 1º), a EMTU/SP (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) informa que na última semana foi efetuada fiscalização na Linha 064 Mauá (Vila Mercedes) - São Caetano (bairro Santo Antônio) - via Mauá (Jardim São Jorge de Guapituba). Na vistoria foi constatado que a Viação Ribeirão Pires não estava cumprindo a tabela horária e, portanto, será autuada pela infração cometida. Os usuários do transporte metropolitano podem ajudar na qualidade do serviço prestado pelas operadoras, registrando sugestões ou reclamações na Central de Atendimento ao Cliente 0800 724 0555 ou no site www.emtu.sp.gov.br.

EMTU/SP

Irresponsabilidade

Agricultores e criadores, sem mais o que fazer para alimentar suas criações em decorrência da seca, recorrem aos armazéns da Cobal, que é o órgão do governo responsável pelo armazenamento e regulação dos estoques de grãos. A surpresa é que não tem estoques nos armazéns! Nas regiões do Nordeste estão vazios. Os criadores, que recorrem a eles na esperança de comprar milho, têm saído de mãos vazias e com a certeza de que terão seus animais mortos de fome. O mesmo esta acontecendo com os criadores de frango no Sul do Brasil, tendo que soltar as aves em seus quintais ou sacrificá-las para não vê-las morrer de fome. O governo acabou de liberar a venda para exportação de 2.760 toneladas de milho. Será que estamos privilegiando o comércio externo ao invés de nossos criadores?

Antônio Carlos Guertas

São Bernardo

Fãs eleitores

Entreverando com todas as trilhas da esperteza, os ídolos falidos dão o último cartucho à esperança. Não importa o critério, o negócio é usar os fãs! Todos eles têm o mesmo perfil: já não ganham mais o suficiente ou nunca ganharam. E muitos não querem é trabalhar! Acumulando também o fato de possibilitarem, a ‘partidos quadrilhas', em queda vertiginosa na ética,moral e legalidade. Tais artistas ou famosos decadentes reabilitam em fôlego, como ‘puxadores de votos', os partidos, aliando-se a tradicionais politiqueiros colecionadores de processos em ilicitudes das mais extensas versões.Sob a loução de um número de candidato, a lorpa plateia pode ainda aplaudir, sobrecarregando o esqueleto de uma nação, Estado ou município, num esguio estrutural já comprometido pela lordose. Acorda, eleitor!

Paulo Rogério Bolas

Santo André