Expansão do programa Moeda Verde começa pelo assentamento Eucaliptos, hoje, das 14h às 17h
O programa Moeda Verde, de Santo André, iniciativa que troca cinco quilos de resíduos recicláveis por um quilo de alimento do tipo hortifrúti, inicia fase de expansão hoje, quando passará a atender moradores do núcleo Eucaliptos, no bairro Cata Preta, das 14h às 17h. Até o fim do ano, a meta da administração é levar a ação para outras três áreas, totalizando sete comunidades carentes da cidade beneficiadas.
Ao fim da segunda etapa do programa, em dezembro, a expectativa é a de que o Moeda Verde impacte 36 mil pessoas, o correspondente a um terço dos moradores instalados nos quase 100 assentamentos precários existentes em Santo André. O projeto foi inaugurado em novembro do ano passado no núcleo dos Ciganos, em Utinga, e, desde abril, passou a atender também moradores do Capuava e do Jardim Cipreste.
O projeto tem como objetivo sensibilizar a população dos assentamentos precários sobre a importância da coleta seletiva, além de fomentar a alimentação saudável em áreas de vulnerabilidade.
Os moradores contemplados podem escolher verduras, legumes e frutas, em van que visitará a comunidade a cada 15 dias. Todos os itens são doados pelo Banco de Alimentos Municipal, que também depende de doação. No núcleo Eucaliptos, serão distribuídos também bolachas e biscoitos. A troca será em ponto instalado no encontro das ruas Arco-Íris e do Lago, atrás do Centro Religioso São José Operário.
Segundo o diretor do departamento de resíduos sólidos do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), José Elidio Rosa Moreira, ainda não é possível atender todos os núcleos da cidade, mas a ideia é que, futuramente, o programa seja expandido para 100% das áreas carentes, que são escolhidas de acordo com três questões principais: ponto viciado de descarte irregular, vulnerabilidade social e existência de liderança efetiva para conscientização do projeto.
“Nem em todos os locais conseguimos atingir a população e ter esse trabalho acontecendo de forma eficaz. Nos (núcleos) onde entramos, tivemos sucesso absoluto. É gratificante ver o envolvimento de toda a população e o resultado”, comemora Moreira.
Além do benefício social, o projeto visa a economia com a limpeza de pontos de descarte irregular – montante estimado em R$ 1 milhão até o fim do ano pelo prefeito Paulo Serra (PSDB). “O programa fortaleceu também o trabalho das cooperativas de reciclagem, gerando 160 empregos diretos com os três núcleos. Também aumentamos a vida útil do nosso aterro municipal.”
EXPANSÃO
Em outubro está prevista a implantação do Moeda Verde no Morro Vista Alegre, conhecido como Kibon, às quartas-feiras. A partir de novembro, moradores do núcleo Santa Cristina/Nova Esperança/Favelinha do Amor serão contemplados pelo projeto, às quintas-feiras. Já a comunidade do Jardim Cristiane/Gaturama passa a receber a ação a partir de dezembro, com trocas às sextas-feiras.
Ação já beneficia 14 mil moradores e serve de exemplo para outras cidades
Inaugurado em novembro do ano passado no núcleo dos Ciganos, em Utinga, o Moeda Verde teve sua primeira expansão em abril, quando passou a atender moradores de mais duas áreas: Capuava e Jardim Cipreste. Nestes três pontos, o programa beneficia em torno de 14 mil moradores.
Diretor do departamento de resíduos sólidos do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), José Elidio Rosa Moreira destacou que o principal sucesso de atendimento é observado no Jardim Cipreste. “A cada quinzena recolhemos duas toneladas de reciclável. Na sequência vem o Capuava, com uma tonelada. Já o Ciganos estabilizou em 300 quilos.”
A iniciativa, conforme Moreira, transformou pontos de descarte irregular em áreas úteis para a comunidade. No Ciganos, por exemplo, há estacionamento; já no Capuava, além de vagas para carros, há canteiro com plantas, além de muro que está sendo grafitado.
Além dos ganhos para as famílias beneficiadas, será possível contabilizar economia com a limpeza do entulho. Antes do projeto, a administração tinha gasto de R$ 400 mil por ano com o problema no núcleo dos Ciganos e de R$ 280 mil no Capuava.
O programa também serviu de exemplo para duas cidades do Interior – Amparo e Itapetininga –, onde a experiência está sendo reproduzida.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.