A FUABC (Fundação do ABC) começa a formatar, oficialmente na segunda-feira, com acompanhamento da Prefeitura de Mauá, texto relativo a TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para apresentar ao Ministério Público. A estimativa é assinar o documento até sexta-feira, contendo plano de transição com o governo da prefeita interina, Alaíde Damo (MDB), regras para comprometimento com os itens do acordo e programação de pagamento gradativo da dívida, que, segundo a entidade, já atingiu patamar de R$ 150 milhões, correspondentes a serviços prestados na Saúde pública do município.

O governo interino de Mauá recuou, conforme noticiou ontem o Diário, e desistiu de romper de forma abrupta o vínculo com a Fundação – anteriormente, o Paço, por meio do secretário de Saúde, Marcelo Lima Barcellos de Mello, havia protocolado ofício comunicando que não tinha interesse em manter o convênio. A atual proposta, no entanto, passa por fazer transição e iniciar desmobilização paulatinamente, evitando que a transferência seja impactada. A Prefeitura pretende também contratar empresa especializada para verificar o real tamanho do passivo e execução do trabalho.

O presidente da Fundação, Luiz Mario Pereira de Souza Gomes, sustentou que a entidade vai aprofundar o documento do TAC, confeccionando o texto, que ficará sob análise do Paço mauaense. “Afeta recursos, transferência e a dívida. Não dá para abandonar sem que seja de maneira planejada. Estamos dispostos a ajudar. Queremos desenhar isso (conteúdo) no prazo mais rápido possível, visando não só que ser avalizado pelo MP, mas como aderido pelo município”, frisou. A ideia construída é desligar a FUABC aos poucos, encaminhando o processo a uma OS (Organização Social).

A administração emedebista projetou concluir a contratação emergencial no prazo de 20 dias. No total, são cerca de 1.650 funcionários da FUABC em atividade em Mauá, que poderão ou não ser absorvidos pela empresa vencedora.