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PTdoB analisa na quinta caso Camolesi
Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
05/06/2010 | 08:22
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Nario Barbosa/DGABC


A executiva estadual do PTdoB analisará o caso do vereador de São Bernardo Estevão Camolesi na quinta-feira. O parlamentar divulgou apoio a candidaturas tucanas no pleito de outubro e desagradou seu partido. Agora, corre o risco de ser expulso da legenda.

Camolesi foi notificado pela direção municipal a responder, por escrito, os motivos de aderir às campanhas do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que tentará a reeleição, e do ex-prefeito William Dib (PSDB), que buscará vaga na Câmara Federal.

Juntamente com a resposta, o trabalhista pediu para que a executiva paulista do PTdoB, instância superior em relação ao seu cargo de vereador, avaliasse a situação. A medida está prevista no estatuto do partido e foi atendida pela comissão de ética que acompanhava o caso em São Bernardo.

Há dois meses, o parlamentar convocou a imprensa durante sessão na Câmara para informar sobre a decisão de colaborar com Morando e Dib "por amizade".

Na ocasião, Camolesi afirmou que a sigla não havia definido suas candidaturas, não recebeu orientação alguma e não foi informado sobre nenhuma pretensão de políticos do PTdoB em enfrentar as urnas neste ano.

O presidente municipal da legenda, Evandro de Lima, não confirmou o conteúdo da justificativa do vereador, mas é provável que os motivos alegados sejam semelhantes aos passados aos jornalistas.

"Não podemos divulgar nada. A questão será avaliada pela executiva estadual. A decisão pode sair já na quinta-feira, mas dependendo do entendimento da direção do partido pode haver convocação de testemunhas e outras ações para deixar tudo claro", discorreu Evandro, pré-candidato à Assembleia Legislativa.

Na pior das hipóteses, Camolesi pode ser expulso do PTdoB e a sigla requerer sua cadeira na Câmara. Também pode haver suspensão temporária do parlamentar ou apenas advertência. O vereador não foi encontrado para comentar o assunto.

DISCRIMINAÇÃO - O vereador Estevão Camolesi antecipou a decisão do partido e pediu ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) declaração de existência de justa causa para se desfiliar do PTdoB.

Ele alega que houve "grave discriminação pessoal" para deixar a legenda sem ser punido por infidelidade partidária. Evandro de Lima rechaça as acusações. A solicitação está sendo analisada.

O trabalhista reclama que após a eleição de 2008 não foi convidado para reuniões da cúpula do PTdoB, "mesmo tendo assento permanente na executiva municipal, em decorrência do seu cargo de vereador e de líder de partido na Câmara". O parlamentar ainda afirma que foi desrespeitado em diversas ocasiões e que passa por "processo de exclusão".




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