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Hacker pornô português é caçado pela Interpol
Por Do Diário do Grande ABC
23/09/1999 | 19:03
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A Defesa do Consumidor dos EUA, o 'Bureau of Consumer Protection at the US Federal Trade Commission (FTC)', ligada a Comissao Federal dos EUA para o Comércio (FTC) anunciou nesta quinta-feira que abriu um processo federal para impedir que as páginas pornográficas da Internet pirateiem as páginas convencionais, o que faz com que os usuários tenham suas telas bloqueadas e repletas de fotos obscenas.

Isto só acontece porque um pirata português e uma empresa de 'sex-shop' australiana desenvolveram páginas clones que confundem os sistemas de navegaçao dos usuários.

Segundo a FTC, os piratas copiam páginas já existentes e introduzem instruçoes codificadas que desviam os usuários automáticamente para as páginas pornográficas.

Nesta operaçao, os piratas desativam os comandos "página anterior" e "saída" dos usuários, que ficam com o computador bloqueado e a tela cheia de imagens pornográficas. Eles só conseguem escapar da cilada desligando e ligando novamente o computador.

Os piratas "copiaram mais de 25 milhoes de páginas ou dois por cento de todas as páginas disponíveis na Internet. Invadiram sites tao díspares como o da 'Harvard Law Review', a solene revista especializada em Direito da Universidade de Harvard quando a primaveril página do 'Jardim da Amizade Japonês' ", explicou o diretor do bureau da FTC, Jodie Bernstein, numa entrevista em Washington. A FTC já tinha conseguido uma ordem judicial de captura num tribunal da Virginia contra estes piratas, mas agora tenta obter uma decisao definitiva contra os piratas pornôs.

Em junho, um grupo de pirataria conseguiu penetrar no site do Exército dos EUA e substituíu a página de recepçao por uma mensagem que proclamava que a pirataria na Internet persistiria em seu objetivo de divulgar que "o inferno mundial continua vivo". Segundo os pesquisadores da FTC, este novo tipo de pirataria das páginas pornográficas foi desenvolvida por um português sob encomenda de uma empresa autraliana especializada em pornografia.

Tanto o pirata português Carlos Pereira que agora é um fugitivo procurado pela Interpol em vários países quanto a empresa australiana ganharam muito dinheiro com esta jogada, disseram analistas americanos.

A pirataria garantiu muita publicidade para a empresa australiana, além da possibilidade dos internautas acessarem outras páginas pornográficas, onde tinham que pagar por certos serviços, ou ainda indicando endereços na Web muito visitados por causa destes atalhos piratas.




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