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Eleitos receberam 72,3% de votos locais em 2006
Beto Silva
Do Diário dp Grande ABC
05/07/2010 | 07:13
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Começa oficialmente amanhã a incansável busca por votos, no maior evento da democracia brasileira. E no momento em que o voto regional é aclamado, um alento para os cerca de 100 candidatos do Grande ABC: na eleição passada, os nove postulantes a deputado estadual que venceram obtiveram 72,3% dos votos de eleitores das sete cidades (veja arte ao lado).

Dos 1.819.337 eleitores da região aptos a votar em 2006, 469.092 escolheram políticos locais que se elegeram. A busca por adesões em outras cidades do Estado teve representatividade e, entre os eleitos, chegou a 27,7% de votos.

Ou seja, os nove deputados que conquistaram cadeira na Assembleia Legislativa há quatro anos obtiveram 179.551 sufrágios fora dos limites das sete cidades. Corresponde a 0,7% dos 26.188.646 de eleitores da Capital, Interior e Baixada Santista. Parece pouco, mas foi suficiente para completar o quociente de quase metade dos eleitos.

Na caçada por eleitores de outros municípios, destaque para José Bittencourt (PDT), de Santo André. Ele conseguiu 83% de seus votos fora do Grande ABC. Dos 41.510 sufrágios que o elegeram, 34.443 foram oriundos de outras bandas.

Donisete Braga (PT), de Mauá, teve desempenho quase proporcional entre as urnas locais e externas. Os 34.943 votos conquistados na região representaram 64,1% do total de 64.569 adesões.

O campeão de votos regionais foi Alex Manente (PPS), de São Bernardo. O popular-socialista teve 84,1% de seus votos entre os eleitores do Grande ABC. Apenas 9.652 votos dos 60.571 que obteve foram de fora. Por isso, neste pleito, realizará forte trabalho nas cidades do interior paulista.

Entre os deputados estaduais eleitos, José Augusto (PSDB), de Diadema, teve a pior performance em uma única cidade da região. O tucano recebeu 24 votos em Rio Grande da Serra e outros 24 em Ribeirão Pires. O recordista de sufrágios em um único município foi Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo. O parlamentar conquistou 70.131 votos em seu colégio eleitoral. Mais do que os 64.497 apoios que os nove deputados juntos auferiram em Mauá.

Diadema acertou mais; São Caetano, menos

Os votos dos eleitores de Diadema tiveram alvo certo. A cidade foi a que mais contribuiu com os candidatos que ganharam a eleição. Das 286.734 pessoas aptas a votar, 131.009 escolheram os políticos que foram eleitos em 2006.

O número equivale a 45,7% do eleitorado. O município teve dois deputados eleitos: José Augusto (PSDB) e Mário Reali (PT - hoje prefeito). Eles protagonizaram o pleito naquele colégio. O tucano recebeu 53.466 sufrágios, enquanto o petista obteve 66.367. Não por coincidência, ambos disputaram a Prefeitura em 2008, com vitória de Mário Reali no primeiro turno, com 58% dos votos válidos.
A terceira posição no território diademense ficou com Ana do Carmo (PT), ao registrar longínquos 3.462 apoios.

Já em São Caetano, os eleitores optaram por candidatos locais, mas que não obtiveram êxito em suas empreitadas. O vereador Paulo Pinheiro (PTB) foi o mais votado da cidade, ao ostentar 17.103 votos. O segundo foi Marquinho Tortorello (PPS), com 12.500 apoios.

No seleto grupo que atingiu o objetivo, o mais votado no município foi Orlando Morando (PSDB), com 2.642 adesões. O menos lembrado foi o deputado Donisete Braga (PT), com 134 escolhas.

Diante do quadro, somente 5.695 eleitores escolheram os nove postulantes eleitos pela região. Número equivalente a 4,8% dos 118.837 cidadãos com condições de exercer seu dever eleitoral.

Os demais eleitorados das cidades do Grande ABC tiveram índices de 15% (Santo André) e 32,9% (São Bernardo) de sufrágios a favor dos deputados estaduais eleitos.




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