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Pesquisa traça perfil dos universitários de SP
Por Do Diário do Grande ABC
30/11/1999 | 13:44
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Os jovens universitários de Sao Paulo concentram-se nas classes A e B (85,59%), moram com a família (85,4%), sao solteiros (98,8%) e sem filhos (92,9%). Um percentual de 75% trabalha, sendo que 58,4% obtém recursos para o seu consumo por meio de sua própria remuneraçao, 47% nao participam das despesas domésticas e 45% colaboram em parte. Essas sao informaçoes da pesquisa do perfil do consumidor universitário, traçado em pesquisa das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), sob a supervisao da Fundaçao Procon. A FMU mantêm cursos de psicologia do consumidor. Os dados foram apresentados nesta terça em Sao Paulo.

A coleta de dados foi realizada entre 4 de agosto e 2 de setembro por alunos do terceiro ano de Psicologia da FMU com supervisao de técnicos da Fundaçao Procon. A amostra constitui-se de 1.041 estudantes (faixa etária de 20 a 26 anos), 875 (84,5%) cursando em instituiçoes privadas e 166 (15,95%) nas públicas. Essas proporçoes foram estabelecidas de acordo com a distribuiçao das matrículas no ensino superior, segundo dados do Ministério da Educaçao. Segundo a pesquisa, o consumo para o jovem universitário está associado ao prazer e satisfaçao. Ele tem uma atitude ponderada e racional quanto as suas escolhas de consumo sendo que na sua opiniao essas escolhas refletem a sua individualidade. Os itens de consumo com maiores índices de escolha entre os jovens universitários foram roupas e acessórios (69,93%), seguidos de show-teatro-cinema-casas noturnas (48,61%), indicando que a atividade de consumir está associada a algo agradável e prazeroso, além de refletir uma preocupaçao com inserçao na sociedade.

O pagamento da faculdade destaca-se entre os gastos prioritários para 51,78% dos entrevistados, seguido de roupas e acessórios (prioridade para 23,25%) e gastos com carros (19 12%). O levantamento mostrou que 42,65% dos jovens questionados têm comodesejo de consumo possuir uma casa; 63,5% consideram-se mal informados pelosfornecedores e apenas um em cada cinco entrevistados considera que a escolha do que se consome é livre.

Sobre a publicidade, os jovens demonstraram uma percepçao negativa (91,26% disseram que ela "faz as pessoas desejarem o que nao podem comprar". A pesquisa revelou, ainda, que 58,5% dos entrevistados têm algum luxo (apresentaçao social, lazer, desenvolvimento pessoal) de que nao abrem mao, verificando-se a predominância na área da apresentaçao social (roupas e acessórios, carro, estética, higiene pessoal e celular/bip/telefone). Isto ocorre tanto entre homens como entre as mulheres.

A preferência pessoal (70,99%) foi o fator de maior destaque entre as influências nas decisoes de consumo. A seguir, vêm os meios de comunicaçao (marketing, publicidade, TV revistas, com 45,53%), e a sociedade/cultura, com 22,9%. A análise conclui que nao deixa de ser expressivo o percentual dos que reconhecem a influência exercida pelos familiares (14,7%). Para 88,86%, a publicidade tem um caráter parcial; explora muito o aspecto sexual (72,62%), além de subestimar as pessoas (72,14%), ser o maior aliado do fornecedor (85,27%). É reconhecida como produçao técnica e artística de qualidade (75,41%); útil para conhecer as novidades do mercado (74,83%). Contudo, apenas 47,84% consideraram que a publicidade auxilia nos processos decisórios de compra, sendo considerada por 20,44% como aliada do consumidor.

A publicidade, como fonte de informaçao para o consumo (63,30%) disputa com amigos e conhecidos (63,98%), sendo que estes sao muito mais confiáveis (36,31%), contra 8,36%.Cerca de 78,7% da amostra colocou-se criticamente quanto à liberdade nas escolhas de consumo. Para 50,53%, as escolhas nao sao livres, considerando-se as influências da publicidade de modismos e opinioes alheias, bem como restriçoes do mercado e qualidade das informaçoes. A pesquisa completa está disponível nos postos de atendimento pessoal da Fundaçao Procon/Sao Paulo ou pelo telefone 3824-0446.




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