Economia Titulo Seu bolso
Valor da cesta básica chega a R$ 933,4

Produtos como carne bovina e arroz continuam em alta; frio deve influenciar nos preços

Yara Ferraz
31/07/2021 | 07:07
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Claudinei Plaza/ DGABC


O preço da cesta básica no Grande ABC chegou a R$ 933,90 em julho, o que significa alta de 25,39%, ou R$ 189,08 a mais na hora das compras na comparação com o mesmo mês de 2020. Em relação a junho, o aumento foi de 2,11%, ou R$ 19,26. Além da alta de itens básicos como a carne bovina e o arroz, a avaliação é a de que a estiagem e as baixas temperaturas pressionem os preços de hortifrúti nas próximas semanas.

Os números são da pesquisa de preços da cesta básica feita pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), que faz a cotação de 34 produtos, entre alimentos, higiene pessoal e limpeza doméstica, nos principais supermercados da região.

Para se ter noção do peso da alta no bolso dos consumidores, a inflação oficial dos últimos 12 meses é de 8,35%, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Ou seja, a alta corresponde a praticamente três vezes o índice oficial.

Entre os principais vilões no período de um ano está a carne bovina, que chegou a subir 48,49% no caso do acém, que passou de R$ 23,12 para R$ 34,34 o quilo (veja mais informações na arte acima). O produto foi fortemente afetado pela alta do dólar e também pelo aumento de exportações para a Ásia, mas, de acordo com o superintendente da Craisa, Reinaldo Messias, essa situação pode mudar e, pelo menos, o preço estabilizar.

“Nacionalmente, os maiores produtores são do Norte de Goiás e do Mato Grosso, locais que estão muito secos, o que agrava o problema. Mas há a expectativa de estabilização por volta de novembro, até porque ocorreu uma regularização da demanda. A velocidade de aumento diminuiu nos últimos meses (2,60% para a carne de primeira e 4,44% para de segunda, na comparação entre junho e julho)”, analisou.

As baixas temperaturas são outro fator ambiental que deve influenciar nos preços dos hortifrúti nas próximas semanas. “O tomate (no ano, o fruto encareceu 172,90%) já tem oferta menor em junho. Mês que vem isso tende a mudar, mas os produtores foram muito afetados pelo frio, as geadas e a estiagem. Isso também deve afetar as verduras. Uma dica para economizar é consumir produtos subterrâneos, como a batata e o inhame, que não são afetados”, orienta.

Além dos fatores citados, as altas dos combustíveis têm impactado no valor dos alimentos, já que influenciam no frete e, consequentemente, no preço final. 




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