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Três filhos de oficial do Fatah são assassinados em Gaza
Da AFP
11/12/2006 | 11:15
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Três filhos de um coronel dos serviços secretos palestinos, leais ao Fatah, foram assassinados nesta segunda-feira por homens armados em Gaza, um dia depois de uma tentativa de assassinato de um ministro do governo, controlado pelos islamitas do Hamas.

O motorista que transportava as crianças ao colégio em um carro com vidros blindados também faleceu no atentado. Os autores do ataque deram pelo menos 60 tiros em direção ao carro antes de fugirem.

Salam, 6 anos, Ahmad, 7 anos, e Osama, 9 anos, filhos de Bahaa Baalousha, um coronel dos serviços de inteligência, foram assassinados por homens encapuzados que abriram fogo a partir de dois carros no bairro Rimal de Gaza.

Um guarda-costas que estava no automóvel ficou ferido, assim como outras quatro crianças que seguiam para escola.

Os tiros destruíram o carro. Na parte traseira do veículo ficaram espalhados os cadernos, livros e mochilas com os meninos ensangüentados. A vários metros do local era possível observar as manchas de sangue.

O coronel Baalousha, alto oficial do movimento Fatah do presidente Mahmud Abbas, estava em casa no momento do ataque. Segundo uma fonte dos serviços de segurança, o atentado tinha como alvo o militar, que escapou de uma tentativa de assassinato há alguns meses.

Em declarações à imprensa na Cisjordânia, Abbas condenou o ataque, que qualificou de "crime atroz cometido contra crianças de nosso povo" e afirmou ter determinado a prisão dos autores.

O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, também condenou os assassinatos, cometidos segundo ele por "inimigos do povo palestino".

O ataque aconteceu um dia depois de uma tentativa de atentado contra o comboio do ministro do Interior palestino em Gaza. Os quatro homens envolvidos no crime foram detidos domingo à noite.

Nos últimos meses foram registrados enfrentamentos, alguns sangrentos, entre ativistas do Hamas e do Fatah, com uma profunda crise política como pano de fundo, que se agravou sábado com uma recomendação do Comitê Executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), partidário da convocação de eleições antecipadas por causa da falta de acordo para um governo de unidade nacional.




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