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Na região, apenas 19% das unidades possuem prontuário eletrônico

Dos 192 equipamentos públicos da Saúde, somente 36 têm sistema que armazena histórico de consultas

Por Daniel Macário
18/11/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 A implantação do sistema de prontuário eletrônico, destinado a gerenciar informações de históricos médicos de pacientes, começou em 2011 no SUS (Sistema Único de Saúde), contudo, segue lentamente na região. Levantamento feito pelo Diário mostra que apenas 36 dos 192 equipamentos públicos da área, o equivalente a 19%, possuem a tecnologia, enquanto outros 81% ainda concentram os registros dos moradores armazenados em papel.

Apesar de o prazo limite para instalação do sistema ter encerrado em dezembro de 2016, a maioria dos municípios da região ainda relata dificuldades para cumprir a obrigação, sob justificativa de entraves decorrentes das carências verificadas em grande parte das unidades de Saúde, como falta de computadores e impressoras.

Segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado na semana passada, cinco dos sete municípios da região iniciaram o processo para incorporação do sistema, embora quatro deles ainda estejam em fase inicial. As exceções ficam por conta de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

As duas cidades ainda estudam medidas para comprar o software para implementar o prontuário eletrônico, conforme determinação da União. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, inclusive, podem ter repasses financeiros para programas como o Saúde da Família suspensos caso não contem com a tecnologia até o fim do ano.

Obrigatório em todo o País, o prontuário eletrônico, além de histórico de consulta e exames, deve reunir dados sobre medicamentos receitados, diagnóstico do paciente e evolução do tratamento.

CENÁRIO
Com exceção de Diadema, onde 100% das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) estão informatizadas e contam com o prontuário eletrônico – medida que beneficia 283 mil moradores cadastrados no sistema –, todos os demais municípios do Grande ABC ainda trabalham para finalizar o processo de transição dos registros de pacientes.

Em Santo André, conforme administração municipal, a projeção é equipar as 70 unidades de Saúde dentro de 180 dias. Atualmente, apenas os prédios recém-modernizados e qualificados pelo programa QualiSaúde possuem o sistema informatizado em operação. “Nós perdemos muitos recursos em outros anos por ter um processo desorganizado”, avalia o prefeito Paulo Serra (PSDB). Para implantação do sistema, a Secretaria de Saúde projeta investimento total de R$ 6 milhões para os próximos três anos.

De acordo com a Prefeitura de São Bernardo, das 34 unidades de Saúde do município, quatro já possuem os prontuários eletrônicos e, em outras quatro, o sistema está sendo instalado. O restante será equipado até 2019. Ao todo, R$ 230 mil estão sendo investidos neste processo.

Em São Caetano, apenas três UBSs operam com o modelo informatizado, além do Hospital de Olhos. Demais unidades devem receber o prontuário eletrônico nos próximos meses, afirma a Prefeitura.

Mauá, por sua vez, já iniciou o planejamento para as adequações necessárias para a implantação do prontuário eletrônico. A previsão é começar o processo em 2019.




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