A polícia, com o apoio da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, protege os principais edifícios governamentais. Muitas lojas, no entanto, permanecem fechadas por precaução.

Investigação - O governo do Timor Leste anunciou nesta quinta-feira que vai iniciar uma investigação sobre os distúrbios.

Autoridades insistem em que não se tratou de uma simples manifestação estudantil, mas de uma provocação organizada. Altos funcionários assinalaram que houve "elementos estranhos" aos estudantes e alguns deles destacaram a implicação de membros de um grupo nacionalista radical contrário ao governo, que teriam manipulado os estudantes.

As primeiras informações desta quarta davam conta de que os protestos teriam começado com a prisão de um jovem ligado a uma gangue local. Um estudante teria sido morto durante a manifestação, iniciando o conflito generalizado.

O presidente Xanama Gusmão e o Parlamento foram atacados a pedradas, depois da manifestação desta quarta. O presidente passa bem. As casas do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e de dois de seus irmãos foram incendiadas pelos manifestantes. Uma mesquita também sofreu danos.

O líder da independência timorense, Xanana Gusmão, pediu nesta quinta-feira aos estudantes que permaneçam em suas casas. O presidente decretou que as escolas e universidades permanecerão fechadas por dois dias.

O Timor Leste é a mais jovem nação do mundo. Em maio deste ano, conseguiu formalmente a independência, depois da ocupação indonésia dos anos 70 até agora. Antes da invasão do país muçulmano, o território era uma colônia portuguesa.