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Buscas por desaparecidos são retomadas neste sábado
Do Diário OnLine
13/01/2007 | 15:06
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O Corpo de Bombeiros retomou na manhã deste sábado as buscas por uma van que teria desaparecido com um motorista e um cobrador no desabamento das obras da estação Pinheiros do metrô, em São Paulo.

De acordo com os representantes da corporação, seis viaturas foram deslocadas para o local. Eles tentam se aproximar dos escombros por um túnel pertencente ao projeto da estação que não foi danificado no acidente.

Os trabalhos de resgate, porém, seguem em ritmo lento. Aproximadamente 10 pessoas que circulavam ou trabalhavam na região estão desaparecidas.

Para permitir a abertura de um buraco entre a área de deslizamento e o túnel, uma retroescavadeira retirava terra pela parte de cima. A cada ação da máquina, uma parte da terra do túnel cedia, o que atrasava o avanço - até para salvaguardar os soldados.

Um alojamento de operários está sendo demolido por causo do risco de desabamento. A construção estava muito próxima da borda do buraco. A empresa líder do consórcio responsável pela obra, a Odebrecht, informou que divulgará, ainda neste sábado, uma nota sobre o acidente.

Outro trabalho que era feito consistia na fixação do guindaste, para o início da sua desmontagem. A equipe dos bombeiros utilizava máscaras de oxigênio, por causa do forte cheiro de gasolina no túnel - eles entraram pelo dutos de ventilação da Rua Ferreira Araújo, a 400 metros do local do acidente, e optaram por seguir pelo túnel do futuro ramal do metrô. Pela manhã, foram encontrados dois veículos nos escombros, um Gol e um Palio, a 35 metros de profundidade. Dois caminhões foram retirados, mas o trabalho teve de ser paralisado para estabilização do terreno e possível identificação de regiões com vítimas.

Durante a tarde de sexta, a cooperativa para a qual o motorista e o cobrador trabalham comunicou o desaparecimento deles. Ambos estavam em Pinheiros quando o desabamento ocorreu e, depois, pararam de responder ao rádio. De acordo com informações, um sistema de transmissão de dados por satélite apontou que a van foi soterrada e está entre 25 e 30 metros de profundidade.

Cratera - O acidente aconteceu na altura do número 7.500 da Avenida das Nações Unidas. As pistas local e expressa da marginal Pinheiros no sentido da rodovia Castelo Branco, entre a ponte Eusébio Matoso e a Rua Frederico Hermann Júnior, foram interditadas. Somente a pista expressa já foi liberada para o tráfego no local, por volta das 20h. Além disso, algumas ruas da região também foram interrompidas e prédios foram evacuados por precaução, pois o solo continuava cedendo mesmo após o acidente.

O motorista de um dos caminhões que foi 'engolido' pela cratera, estava desaparecido, mas foi localizado no início desta noite. O Corpo de Bombeiros, não confirma a informação de que ele estava sob os escombros.

Segundo a assessoria de imprensa da Concessionária Via Amarela, responsável pela obra do Metrô, havia cinco operários com escavadeiras no momento do desabamento, mas nenhum deles ficou ferido. "Não foi uma queda repentina, foi em câmera lenta e deu tempo de eles saírem", informou o assessor Mauro Bastos.  

Susto -
Um funcionário que trabalhava nas obras disse que um tremor de terra alertou para o perigo de um desabamento na região. Assustados, vários operários que trabalhavam no local conseguiram fugir antes que o acidente realmente acontecesse.

Uma equipe de pelo menos 50 homens do Corpo de Bombeiros fez vistorias na tarde desta sexta-feira nas casas e prédios próximos às obras. Existe o perigo de que imóveis tenham a estrutura afetada. Pessoas foram obrigadas a deixar suas casas e passarão a noite em hotéis da capital paulista.

Técnicos da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) também estiveram no local para avaliar se houve rompimento de tubulações de gás e o conseqüente risco de explosão e vazamento.

Desabamentos - O secretário Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella, disse que o não há risco de novos desabamentos. “A engenharia já está contendo o deslizamento. Já está estabilizado”, assinalou.

No entanto, um guindaste da obra ainda pode cair. “A grua, um grande guindaste que teve inclinação sobre o poço de obras, será estabilizada com cabos de aço”, declarou o Metrô, por meio de uma nota oficial.

Causas – Diferentes versões foram apontadas como a causa do acidente. A primeira delas, divulgada logo após o desabamento, dava conta de uma explosão no subsolo, onde aconteciam as obras do metrô.

Posteriormente, os bombeiros informaram que um bloco de concreto que era transportado por um guindaste despencou, e o solo não suportou o peso. Uma terceira versão dava conta de um desabamento do teto da estação Pinheiros e o conseqüente afundamento do solo. As reais causas do acidente ainda não foram reveladas. 

A linha 4, ainda em construção, vai ligar o bairro Vila Sônia, na Zona Sul, à Estação da Luz, no Centro. A previsão antes do acidente era de começar a operação em dezembro de 2008.





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