O candidato à presidência colombiana Alvaro Leyva rebateu as afirmações do governo de que a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) está fazendo política a seu favor, ao anunciar que libertará dois policiais seqüestrados com sua mediação.

Leyva atribuiu as "críticas" a sua campanha eleitoral às ambições de reeleição do presidente Alvaro Uribe, e acrescentou que aqueles que questionam o anúncio das Farc demonstram que a libertação dos reféns "não significa muito para eles".

O candidato negou que tenha objetivos eleitorais, e lembrou que ao longo de duas décadas facilitou a libertação de outros seqüestrados e propiciou diálogos de paz entre o governo e os rebeldes.

"Censurar a possibilidade de que as pessoas sejam libertadas, não importa em que momento, não deixa de ser uma ignorância", ressaltou Leyva, que em dezembro passado se reuniu na clandestinidade com o líder das Farc, Manuel Marulanda.

O ex-ministro conservador, que se candidata por um movimento independente, reiterou que é capaz "de parar a guerra em seis meses", e disse que a prova disto é a libertação dos dois agentes, prevista para a próxima semana.