Palavra do Leitor Titulo
Uma reflexão sobre as músicas de hoje

As músicas de hoje são, em sua maioria, destinadas apenas...

Por Dgabc
17/01/2013 | 00:00
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Artigo

As músicas de hoje são, em sua maioria, destinadas apenas à dança. Mas nem sempre foi assim. Já houve tempos em que elas se valiam mais de suas vibrações para transmitir conteúdos que as palavras, sozinhas, não eram capazes de passar. Entre uma nota e outra, até mesmo o silêncio denunciava a angústia de inúmeras pessoas que tiveram seus gritos de socorro sufocados durante períodos obscuros da história do Brasil.

Várias músicas já foram capazes de atrair multidões que lutavam pela liberdade e pelo fim de um regime cruel, traduzindo com belíssimas melodias os pensamentos de toda uma nação. As palmas, os assobios e os clamores invadiam as ruas e formavam música como nunca antes tinha sido ouvida, deixando profundas marcas na pele e no coração daquelas pessoas. Como poderoso produto cultural, a música chegou aos nossos dias com características bem diferentes das que observamos na história brasileira. Os tempos mudaram, é fato, mas ainda há muito para se lutar. É preciso tomar as rédeas e valorizar todos os benefícios já conquistados.

Com conteúdos destinados apenas para dar prazer ao corpo por meio da dança, a música de hoje parece abandonar as suas inegáveis potencialidades. Mas não é nada com ela, mas sim com quem a produz, visando atingir o maior número de pessoas possível. E atingem. As pessoas hoje se satisfazem com apenas um ritmo dançante, não se preocupando com o conteúdo.

A música é uma das grandes marcas de uma época, de uma sociedade e, por isso, merece ser mais bem composta, mais bem apreciada, pois é uma das grandes representações do nosso País. Mas quem gritará por ela? Quem rogará por canções que denunciem as mazelas de tantos brasileiros que parecem esquecidos pelo poder público? No caminho para a casa, ao ligar a TV, enfim, a todo o momento estamos envolvidos pela música. Unidos, sons, silêncios, vozes, instrumentos e vibrações podem produzir sensações como as de um guerreiro, como tantos outros que lutaram pela liberdade de que hoje desfrutamos, liberdade que, infelizmente, tem sido utilizada de modo equivocado.

A música, com todo o seu potencial, precisa assumir-se novamente em suas funções para a promoção do bem, da paz, da alegria e, enfim, da real liberdade.

Erika Bueno é editora e coordenadora educacional da empresa Planeta Educação, professora e articulista sobre assuntos de Língua Portuguesa, Educação e família.

PALAVRA DO LEITOR

Mensaleiros

Tenho lido neste Diário comentários exacerbados e emocionantes a respeito dos mensaleiros que nos fazem pensar. Eu prefiro continuar fiel a duas crenças pessoais: a de que o papel tudo aceita e não acreditar em Papai-Noel, bicho-papão, mula sem cabeça, saci-pererê etc.

Walmir Ciosani

São Bernardo

Sem calçada e muro

Solicito à Prefeitura de Mauá que tome providências junto ao proprietário do terreno localizado à Avenida Comendador Wolthers, 465, bairro Capuava, que retirou os paralelepípedos que formavam a calçada, obrigando os pedestres a andar pela avenida. Para piorar a situação, o local não tem muro e a empresa de aparas que fica ao lado usa o terreno para estacionar caçambas e manobrar caminhões, deixando-o intransitável e perigoso quando anoitece.

Alberto Henrique, Mauá

Fama

A Fama (Faculdade de Mauá) foi comprada pela Uniesp (União Nacional das Instituições de Ensino Superior Privadas), e como o foco é o Fies, reajustou as mensalidades em quase 100%. Por exemplo, o curso de Administração, que tinha mensalidade em torno R$ 680, passou para quase R$ 1.100. Em conversa informal, o sentimento de que o foco é o Fies, que não pesa no bolso do aluno, mas dos financiadores, é comum na instituição. Quanto aos demais alunos que arcam com seus próprios recursos, percebi um sonoro ‘dane-se'.

Sebastião João dos Santos Filho, Mauá

Resultado

Gostaria de deixar meu feedback ao serviço prestado pela Prefeitura quanto à minha reclamação neste Diário sobre a poda dos jardins na Avenida Prestes Maia, em São Bernardo. Primeiro, a poda foi feita, de qualidade questionável, mas foi feita! Por outro lado, o calçamento continua quebrado e ruim, e sequer retiraram o pneu que está lá no jardim há vários dias, inclusive acumulando água das últimas chuvas, com risco de dengue etc. Agradeço a atenção deste Diário.

Celso de Oliveira Cervico, São Bernardo

Cartão de visita?

Minha conta de água foi paga em 24 de dezembro, no valor de R$ 88,08. Agora, para pagamento em 22 de janeiro, o valor é de R$ 125,54, e olhe que minhas férias foram do dia 26 de dezembro ao dia 7! Fico imaginando o que vem pela frente! Isso é cartão de visita do novo prefeito de Santo André ou vamos pagar o rombo deixado de herança? Aí fica fácil. Não esqueça, senhor prefeito, o dinheiro está em Brasília. Aproveite e faça orçamento para troca de lâmpadas das vias públicas e limpeza das praças no bairro Campestre.

Edson Roberto Peleteiro, Santo André

Ainda é pouco

Atribuído ao fundador do taoismo, a conhecida frase ‘se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vai alimentá-lo toda a vida' se mostra atual e verdadeira quando se avalia o resultado dos programas assistenciais dos governos do PT. A política do ‘é dando que se recebe' praticamente condena os beneficiários a sobreviver com a caridade oficial, sem perspectiva de melhorar o padrão de vida, reféns do coronelismo. Sem Educação de qualidade, o Brasil se manterá no rol dos subdesenvolvidos à espera de um milagre.

Luiz Nusbaum, Capital




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