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Faltam imóveis para alugar no Grande ABC
Por Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
15/04/2007 | 07:06
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O reaquecimento do mercado imobiliário no país começa a afetar o segmento de locação. Segundo imobiliárias do Grande ABC, faltam imóveis residenciais para alugar na região – principalmente de até três dormitórios. A escassez é maior na faixa entre R$ 400 e R$ 900. Este cenário de oferta menor que a demanda tem pressionado o custo de moradia – o valor do aluguel está até 30% mais caro neste ano.

De acordo com o diretor de locação da Gonçalves Imobiliária, de São Bernardo, Douglas Gonçalves, São Caetano e Santo André são os municípios que estão mais “à míngua”.

Além de casas, faltam apartamentos de um a três dormitórios para alugar. Já em São Bernardo e Diadema há carência de imóveis térreos e sobrados. “De um lado estão faltando investimentos na construção de casas, de outro as pessoas estão apostando cada vez menos em imóveis como opção de renda. Aplicar dinheiro num imóvel voltado para locação não é mais um bom negócio. Somente em momentos como esse, de baixa oferta (de imóveis) e elevada procura é que a rentabilidade cresce”, diz.

Localizada em São Bernardo, a Focco Imóveis encontra a mesma dificuldade. Para o corretor da imobiliária Agnaldo Morini, além de casas, a procura tem sido grande também para galpões para fins comerciais. “Atendi recentemente um cliente de Guarulhos que procurava um local de mil m² para instalar sua empresa de logística na região, já que atende muitas lojas no Grande ABC. Mas rodamos as sete cidades e encontramos só um em Diadema”, relata Agnaldo.

A imobiliária ainda tem dificuldades para garimpar imóveis à venda, e quando encontra os preços são considerados altos demais. “Já achei imóveis que valiam R$ 500 mil e o proprietário estava pedindo 700 mil”, diz.

Com clientes na fila de espera, Caroline Souza, auxiliar administrativa da Hoffman Imóveis, de São Caetano, afirma que as pessoas acabam desistindo das casas e optam por apartamentos. Estes empreendimentos contam mais ofertas de locação, já que no ano passado 4.992 unidades habitacionais foram lançadas, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).

A gerente Rosangela Montesano Arenas, da Imobiliária Gerty, de São Caetano, destaca que o problema é ainda mais grave na cidade que nos demais municípios. “Se durante o fim de semana eu tivesse 50 imóveis de até três dormitórios, entre R$ 400 e R$ 800, alugaria todos”, diz. “Isso só será possível se os investidores aplicarem mais na construção de imóveis destinados a locação”, conclui.




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