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Ferroviários anunciam paralisação de trens dia 1º

Categoria não fechou acordo com a companhia para pagamento de participação nos lucros

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
28/10/2017 | 07:00
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 Sem avanços nas negociações sobre o acordo coletivo para o pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados) referente a 2017, o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo agendou para 1º de novembro paralisação de trens das linhas 7 (Rubi) e 10 (Turquesa) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A greve, que ainda passará por votação de trabalhadores, no dia 31, durante assembleia da categoria, se efetivada, afetará cerca de 181,4 mil usuários da região.

“A CPTM tem se recusado a atender as reivindicações da categoria em conceder um valor com base na inflação e superior ao ano passado”, justifica o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Eluiz Alves de Matos.
 

De acordo com o representante da categoria, embora funcionários estejam desde o dia 20 em estado de greve, a direção da companhia estadual tem se mostrado irredutível quanto ao assunto. “Ninguém se prontificou em realizar nova reunião até o momento. Justamente por isso vamos manter nossa decisão e, se nada se alterar até o dia 31, iremos paralisar os serviços às vésperas do feriado (de Finados, celebrado no dia 2 de novembro).


Nesta semana, o sindicato chegou a fazer comunicado à população avisando sobre a possível greve. No entanto, segundo a CPTM, se efetivada, a paralisação ocorrerá de maneira “irresponsável”.


Isso porque, de acordo com a companhia, foi assinado, no dia 23 de outubro, acordo coletivo referente ao programa de participação nos resultados deste ano com todos os sindicatos responsáveis pelas demais linhas que compõem o sistema de trens do Estado. “Essas entidades sindicais aprovaram em assembleias o PPR antes da assinatura do acordo, que somente não foi assinado, ainda, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, representante das linhas
7-Rubi e 10-Turquesa”, disse, em nota, a companhia.


A proposta da CPTM prevê o cálculo do PPR com base em indicadores de qualidade como receitas, passageiros transportados e assiduidade do empregado. Considerando a data-base de julho de 2017, a garantia mínima é de R$ 4.274,11.

No momento, a companhia diz aguardar o aceite do sindicato e “espera que seus integrantes não declarem uma paralisação de forma irresponsável que prejudicará diretamente a população”.




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