Política Titulo Mauá
Manoel Lopes diz
que cargos na Saúde
beneficiam petistas

Sem titubear, vereador de Mauá avalia que reforma ajuda afilhados do PT de S.Bernardo e Diadema

Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
22/05/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Sem grande resistência na Câmara de Mauá, o projeto de reforma administrativa na Secretaria de Saúde foi aprovado em definitivo na sessão de ontem, mas não escapou de novas críticas. Contrário ao texto, o vereador Manoel Lopes (DEM) criticou a responsável pela Pasta, Lumena Furtado, e disse que os 57 cargos comissionados criados a partir da matéria alocarão afilhados políticos do PT de São Bernardo e Diadema.

Usando a tribuna durante votação da reforma, Manoel questionou outra vez a ausência de exigência de capacitação profissional no projeto, o que, segundo o democrata, dá poder à administração municipal destinar os cargos a cabos eleitorais. Outra crítica do parlamentar são os salários previstos para as funções, que variam entre R$ 5.100 e R$ 9.500.

"A secretária quer trazer o pessoal de São Bernardo e Diadema e precisa equiparar os salários dos assessores (ao desses municípios). Quero ver se eles (Prefeitura) mandam a relação de onde esses comissionados moram. Nem saberão onde se localiza uma UBS (Unidade Básica de Saúde) em Mauá", afirmou.

Manoel citou São Bernardo porque Lumena foi secretária adjunta na Pasta no primeiro governo do prefeito Luiz Marinho (PT, 2009 a 2012). Em relação a Diadema, a declaração do democrata se dá pela derrota do petismo na eleição municipal para o atual prefeito Lauro Michels (PV). Inclusive, o secretário de Obras de Mauá, Luiz Carlos Theophilo (PT), exerceu a mesma função no Paço diademense nas gestões de Mário Reali (PT, 2009 a 2012) e José de Filippi Júnior (PT, 2005 a 2008).

Lumena garantiu que, junto com a sanção do prefeito Donisete Braga (PT) à reforma, será publicada no Diário Oficial do município uma resolução obrigando experiência na Saúde para os 57 novos cargos.

O secretário de Relações Institucionais, Rômulo Fernandes (PT), evitou polemizar com democrata, mas adotou a mesma linha da colega. "Não vou entrar no mérito (da declaração) do Manoel. Mas não é isso que nós (Prefeitura) queremos. Estamos adequando o sistema de Saúde com quadro profissional", avaliou o petista.

Junto com Manoel, a vereadora Sandra Vieira (PMDB) também repetiu o voto contra ao projeto de reforma na Saúde, questionando as remunerações previstas no texto. Ela cobrou enviou do reajuste salarial dos médicos. Os demais parlamentares votaram pela aprovação da matéria.

Rômulo disse que o encaminhamento do projeto para o reajuste salarial dos médicos ao Parlamento deve ocorrer já na próxima semana.




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