Ainda não é possível precisar o volume exato de produtos químicos que vazaram do navio chileno Vicunã, que explodiu há um mês na baía de Paranaguá, no Paraná. Os técnicos da Secretaria e IAP (Instituto Ambiental do Paraná), que ainda trabalham no local do acidente, não têm acesso aos compartimentos internos do navio, que ainda possui material estancado.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, criticou a falta de preparo das empresas que trabalham com produtos tóxicos para agir e prevenir um acidente deste porte.
O navio Vicuña estava carregado com 14 mil toneladas de metanol e explodiu após o descarregamento de 9 mil toneladas do produto. Além deste composto químico, o navio carregava 1.240 toneladas de óleo bruto, 150 toneladas de óleo diesel, 2,9 toneladas de óleo lubrificante e 2 toneladas de tintas e solventes.
De acordo com o secretário, não é possível dimensionar o impacto ambiental nas regiões atingidas pelo vazamento do óleo. "Sabe-se apenas quais foram os locais mais afetados pelo óleo, como é o caso das Ilhas de Piaçaguera, Cootinga, Ilha das Cobras, Ilha do Mel (ponta Oeste), Ilha das Peças e Cassueiro", com Agência Brasil.
A portaria assinada em conjunto com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) proibindo a pesca e uso da água nas baías de Paranaguá, Antonina e Guaraqueçaba continua valendo e é, na opinião do secretário, uma medida prudente para evitar que a população tenha contato com alimentos ou água contaminada. Em relação à fauna e à flora, foram criadas câmaras técnicas, envolvendo diversas instituições públicas que garantiram a captura de 136 animais, sendo apenas 11 com vida.
O presidente do IAP, Rasca Rodrigues, afirmou que foram recolhidas 3,6 toneladas de água contaminada por óleo, 26 caminhões de resíduos e que 40 embarcações ainda trabalham no local. Além disso, 18 pontos do litoral estão sendo monitorados semanalmente pelo Instituto para avaliar a presença de óleo.
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