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Interior se destaca com os polos de tecnologia
Por Wilson Marini
Da APJ
22/08/2016 | 07:00
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O Interior Paulista acaba de ser reconhecido oficialmente por abrigar os polos mais densos em projetos de pequenas empresas de base tecnológica, segundo estudo das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e George Washington, dos Estados Unidos, divulgado na edição de agosto da revista Pesquisa, da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O documento analisa distribuição geográfica de projetos de pequenas empresas de base tecnológica no Estado. Embora a Capital abrigue maior quantidade desses projetos, o Interior desponta com os polos mais densos, levando-se em conta o número de projetos por 100 mil habitantes. São Carlos está à frente, seguindo-se Campinas, São José dos Campos e Ribeirão Preto. A Fapesp apoia a execução de pesquisa científica e tecnológica em micros, pequenas e médias empresas em municípios paulistas.

Empreendedorismo
Segundo a reportagem, assinada por Bruno de Pierro e intitulada “Terrenos férteis para inovação”, o estudo analisa a prevalência em diferentes regiões do Estado do chamado empreendedorismo intensivo em conhecimento (KIE, na sigla em inglês). Trata-se da concentração de empresas jovens e inovadoras que utilizam novas tecnologias geradas por universidades e por elas próprias e conseguem tirar partido de oportunidades de negócio em setores diversos. O Interior desempenha papel relevante nessa tendência.

Os polos
Foram analisados 1.130 projetos distribuídos em 114 cidades que tiveram projetos concedidos entre 1998 e 2014. Cinco delas se destacam pela alta concentração: São Paulo (298 projetos), Campinas (197), São Carlos (177), São José dos Campos (72) e Ribeirão Preto (55). São Carlos lidera o ranking com 199 projetos por grupo de 100 mil habitantes, seguindo-se Campinas com o índice 43,67, São José dos Campos, 28,72, e Ribeirão Preto, 23,12; a Capital tem o índice de 6,27.

Mobilidade
Os pesquisadores constataram que indicadores como o número de habitantes por automóvel e de densidade populacional são decisivos sobre a localização de projetos daquela categoria. Já a criminalidade parece não ter influência. “O trânsito excessivo das grandes cidades atrapalha a logística, eleva os custos da inovação e pode ser apontado como uma das causas do processo de desindustrialização da capital paulista nas últimas décadas”, diz Bruno Fischer, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, campus de Limeira, autor principal do estudo.

Proximidade
Por outro lado, relativa proximidade das pequenas empresas de base tecnológica com grandes centros urbanos mostra-se fator decisivo no surgimento de polos de inovação. “São nos centros econômicos que se localizam potenciais clientes e usuários de serviços tecnológicos”, afirma Queiroz. “É bom estar perto da capital e do conhecimento produzido ali, mas não necessariamente dentro dela”.

Futuro das cidades
O Secovi-SP, sindicato do mercado imobiliário, promoverá o Fórum Urbanístico, na sede da entidade, na Capital, de 27 a 31 de agosto. Estará em pauta a avaliação do impacto para o setor privado, governos e a sociedade da Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, que este ano emitiu princípios que “vão revolucionar o processo de planejamento urbano e o futuro das cidades”, segundo Claudio Bernardes, presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP.

acidadeon.com avança
O site www.araraquara.com, do jornal Tribuna Impressa, da Rede APJ, se tornou www.acidadeon.com/araraquara. Segundo Josué Suzuki, diretor de Jornalismo do grupo, o portal segue a tendência do site “pai”, em Ribeirão Preto. Agora, os dois sites buscam a mesma linguagem editorial (textos, fotos, vídeos, listas). A mudança aumenta a sinergia entre as equipes e prepara o terreno para o lançamento de ACidade ON/Campinas.

20 anos na internet
No dia 15 de setembro, o Diário OnLine, do Diário do Grande ABC, da Rede APJ, completará 20 anos no ar. É um dos pioneiros na rede mundial. Para comemorar a data, foi criado hotsite com a trajetória e os desafios alcançados pelo portal em duas décadas. “A internet tornou-se universal e nós, profissionais, devemos entender que nesse ambiente transitam milhões de pessoas, e que o jornalismo tem forte peso nessa conexão, que se torna cada vez mais protagonista da comunicação mundial”, diz a coordenadora editorial, Kelly Zucatelli.

A força dos jornais
No mundo atual, não há escassez de informação, mas há carência de informação confiável, lastreada em valores éticos, na independência, em técnicas profissionais e na cultura de perseguir a todo o custo a verdade e a pluralidade. A afirmação é do jornalista Marcelo Rech, eleito presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais) para o biênio 2016-2018. “Os jornais são grandes fornecedores desse bem escasso. Devemos ser, os jornais, em todas as suas formas e plataformas, muito mais que transmissores de notícias: devemos ser certificadores profissionais da realidade”, defende ele. 




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