Por meio do pedido feito pelo prefeito eleito de Mauá, deputado estadual Donisete Braga, o PT designou o vereador reeleito Paulo Suares como candidato à presidência da Câmara para o próximo biênio (2013-2014). A decisão ocorreu de forma consensual entre os cinco parlamentares petistas vitoriosos nas urnas para formação do futuro quadro do Legislativo. Agora, o passo seguinte do partido é buscar a adesão do bloco aliado, mas o sucesso dessa articulação é dada praticamente como certa.

A preferência de Donisete não surpreende, uma vez que Suares tem bom trânsito com o vice-prefeito, Paulo Eugenio - inclusive, os dois são sócios da empresa de contabilidade Eugenio & Suares Assessoria Empresarial -, que articulou junto ao atual presidente da Câmara, Rogério Santana, pelo lançamento de uma chapa petista encabeçada pelo deputado na eleição municipal, dando fim às chances do chefe do Executivo, Oswaldo Dias, em renovar o mandato.

Antes mesmo de o prefeito eleito entrar em cena, Suares já tinha cenário favorável para ser candidato ao comando da Casa, pois a escolha seria deliberada pelos cinco vereadores eleitos pelo PT. Ele tinha como certa a adesão de Rogério e do ex-deputado federal Wagner Rubinelli, correspondendo a três votos favoráveis.

O outro cotado para disputar a presidência pelo PT era Marcelo Oliveira, candidato à vereança mais votado, com 4.334 sufrágios. Entretanto, ele teria apenas o apoio do então secretário de Governo, José Luis Cassemiro. O primeiro é do grupo do vice-prefeito eleito Hélcio Silva, ex-secretário de Obras de Oswaldo, enquanto que o segundo é o homem de confiança do chefe do Executivo.

Com a possibilidade de Hélcio ingressar no Congresso Nacional como deputado federal, a presidência da Câmara ganhou ainda maior importância. Afinal, em situações de férias ou viagens de Donisete, caberá ao chefe do Legislativo assumir a Prefeitura nessas ocasiões.

Portanto, o prefeito eleito deseja uma pessoa de confiança para o posto. Como Rogério não pode renovar o mandato no comando da Casa - já se reelegeu em 2010 e, inclusive, é cotado para Secretaria de Serviços Urbanos -, Suares se tornou a escolha natural.

CAMINHO LIVRE

Após a votação do Orçamento 2013 e das subvenções, o PT agora foca no apoio dos demais vereadores da base aliada. Mas o caminho de Suares rumo à presidência da Câmara tende a não ter grandes empecilhos, pois terá pela frente uma oposição enfraquecida.

O bloco é formado por Manoel Lopes (DEM), Jotão (PSDB), Edgar Grecco, Sandra Vieira e Jair da Farmácia (os três do PMDB). Hoje, a tendência é que o petista alcance o apoio de 18 vereadores, que podem compor a bancada governista da gestão Donisete.