"O governo reajustou minimamente o salário mínimo e, aí deu este lance de esperteza que nao tem conseqüência", declarou, acrescentando que os trabalhadores da iniciativa privada devem ter o mínimo definido nacionalmente.
Além de criticar a forma, Olívio questionou também o valor de 151 reais. "Esse salário é revelador da insensibilidade do governo federal para com os que ganham menos", disse ele. "Há bem pouco tempo, o governo federal estava muito sensível com a definiçao do teto salarial; quer dizer, os que ganham mais iam ganhar mais ainda. Agora, quando chegou a vez de elevar os pisos dos que ganham menos, ele mostra-se insensível e quer transferir responsabilidade para outras áreas". A autorizaçao para que os governadores adotem pisos estaduais deve ser proposta ao Congresso em projeto de lei complementar.
Olívio disse que o valor de R$ 151 para o salário mínimo segue as orientaçoes do Fundo Monetário Internacional (FMI) "de nao elevar gastos sociais nem buscar recursos através de medidas como a taxaçao dos capitais internacionais". As declaraçoes foram divulgadas por meio de nota distribuída na quinta à noite, em que o governador foi irônico com o Palácio do Planalto.
"Este episódio demonstra que o Fundo Monetário Internacional tem mais ascendência sobre o governo federal que o senador Antonio Carlos Magalhaes (presidente do Congresso, do PFL da Bahia)". O senador havia defendido o mínimo de US$ 100.
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