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Cortejo musical-circense toma as ruas de Santo André
Por Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
04/04/2004 | 20:02
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  A Cia. Nau de Ícaros anunciou na manhã de sábado passado, no calçadão da Rua Cel. Oliveira Lima, em Santo André: “senhoras e senhores, o maior espetáculo da Terra!”. Foi o começo do 3º Festival de Circo de Santo André, que se estende até o dia 24 em diversos locais da cidade. As próximas apresentações acontecem de quinta-feira (dia 8) a domingo (11). Informações pelos telefones 4433-0321 e 4433-0411.

O cortejo musical-circense da Nau de Ícaros foi acompanhado por muitos olhares, entre a curiosidade e o fascínio pelos 16 artistas, pelos figurinos coloridos, pelas pernas-de-pau e pela alegria estampada nos rostos. Depois da passagem da trupe, que ainda exibiu um número de acrobacia com bicicleta, o grupo Circodélico apresentou o premiado espetáculo De Mala e Cuia.

Uma das dificuldades de apresentações na rua é fisgar pessoas que estão de passagem, que não conseguem escapar da correria da cidade grande. Tanto Nau de Ícaros quanto Circodélico obtiveram sucesso junto aos passantes.

Para a enfermeira Adriana Marciano, de Santo André, o espetáculo De Mala e Cuia, com malabarismo e números clownescos e com pernas-de-pau, “foi gostoso, uma delícia”. Adriana, que levou a filha Marcela, 6 anos, não estava de passagem pelo calçadão: “Já sabia da apresentação, então quis assistir”.

“Adoro circo, mas vou poucas vezes por causa da minha profissão. Quase não tenho tempo, mas aproveito as folgas. Pretendo ver mais atrações do festival”, afirmou. O que mais atrai a enfermeira ao circo são “as brincadeiras”. Envergonhada com a presença da reportagem do Diário, Marcela disse apenas que gostou.

O aposentado Carlos Alberto Mota, de Santo André, se divertiu com De Mala e Cuia. “Ri bastante. Quando jovem ia muito ao circo e levava meus filhos, mas hoje em dia parece que ele, infelizmente, está acabando. Se a TV for o único tipo de diversão, tudo fica muito chato. É preciso diversificar”, afirmou. Já que as atrações do festival têm entrada franca, “o bom é unir o útil ao agradável”.

Formado há oito anos pelos irmãos Daniel Pedro e Emiliano Pedro e por Guga Aranha, o Circodélico participou das três edições do festival. Neste ano contou com a participação especial de Alexandre Roit, que fundou o grupo Parlapatões, Patifes & Paspalhões, ao lado de Hugo Possolo, em 1991.

Bel Mucci completa o elenco de De Mala e Cuia, que aborda por meio de esquetes engraçados as inquietações de quem não se fixa num porto e carrega – e deixa – saudade onde quer que vá. Roit, que saiu dos Parlapatões – trupe que se destaca pelo humor e pela mescla das linguagens teatral e circense – há dois anos, entrou no lugar de Emiliano, que está na Inglaterra. O Circodélico, por sinal, já se apresentou na França, no Japão e no México.

“Fazemos um espetáculo circense usando técnicas de teatro, música e ginástica olímpica. O circo sempre me atraiu, meus pais costumavam me levar. O que mais me atraía eram as acrobacias”, afirma Daniel. “Quando criança fazia ginástica olímpica, que não me agradava muito por ser competitiva. Faço circo por prazer, por poder fazer do modo que gosto.”




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