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Eleição atual já conta com mais candidaturas da região do que 2014

Lista aponta ao menos 121 postulantes a deputado com domicílio eleitoral no Grande ABC

Por Fabio Martins
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
13/08/2018 | 07:00
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Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil


O processo eleitoral de 2018, que teve largada efetiva a partir das convenções partidárias – período finalizado no dia 5 –, já contabiliza mais candidaturas a deputado do Grande ABC na comparação com o páreo de 2014. A lista atual , conforme levantamento do Diário apurado junto aos diretórios estaduais das legendas políticas, indica ao menos 121 postulantes na disputa por vaga na Assembleia Legislativa ou à Câmara Federal com reduto nas sete cidades. Há quatro anos, o número de nomes registrados na região atingiu 107 pleiteantes.

Esse cenário de crescimento pode apresentar mudanças no quadro geral, uma vez que as siglas e os próprios candidatos ainda atuam no crivo, nos bastidores, antes do prazo final de registro. O cruzamento de dados junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), daqui a alguns dias, servirá para sacramentar essa quantidade, que, na empreitada de 2010, chegou a 178 pretendentes. O panorama acontece, curiosamente, em ambiente de desgaste da classe política e de recentes alterações na legislação eleitoral, como de financiamento de campanha, consideradas de maior dificuldade para captação de recursos.

O Grande ABC conta hoje com seis deputados, embora nove quadros tenham sido eleitos – Orlando Morando (PSDB) e Atila Jacomussi (PSB, afastado) se elegeram prefeitos em São Bernardo e Mauá, respectivamente, além da cassação de Vanessa Damo (MDB), todos estaduais. São dois federais, incluindo Alex Manente (PPS) e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), e quatro estaduais – Luiz Turco (PT), Ana do Carmo (PT), Luiz Fernando Teixeira (PT) e Teonilio Barba (PT). Do sexteto, Ana do Carmo será a única que não entrará no pleito pela reeleição. Ela brigará por cadeira em Brasília.

Fato curioso foi que duas administrações locais atuaram fortemente nos bastidores para reduzir o número de adversários de candidaturas patrocinadas pelos governos. Morando, que apostará em sua mulher, Carla Morando (PSDB), para uma vaga na Assembleia Legislativa conseguiu amarrar apoio quase unânime de sua base de sustentação na Câmara em torno do projeto da primeira-dama. José Auricchio Júnior (PSDB), prefeito de São Caetano, fez o mesmo para que o filho, Thiago Auricchio (PR), pudesse ter vida menos complicada na conquista dos votos dos são-caetanenses.

O governo de Paulo Serra (PSDB), em Santo André, trabalha com apresentação de quatro representantes – Edson Sardano (PTB) e Ailton Lima (PSD) a federal, enquanto Professor Minhoca (PSDB) e Almir Cicote (Avante) pleiteiam cadeira no Parlamento paulista. A gestão de Lauro Michels (PV), em Diadema, tem a dobrada oficial com Regina Gonçalves (PV) a federal e Márcio da Farmácia (Podemos) a estadual.

O rol também resgata figuras tradicionais da política local, como os ex-prefeitos José de Filippi Júnior (PT-Diadema), Donisete Braga (Pros-Mauá), Oswaldo Dias (PT-Mauá) e Aidan Ravin (Podemos-Santo André), além do ex-deputado federal Vanderlei Siraque (PCdoB-Santo André).

São 70 vagas de deputado federal por São Paulo, enquanto, na Assembleia Legislativa, haverá abertura de 94 cadeiras. A campanha começa, de maneira oficial, na quinta-feira, quando os candidatos homologados poderão pedir votos, embora os postulantes já estejam nas ruas, no período designado como pré-campanha. Prazo do registro dos projetos eleitorais termina na quarta-feira, junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 




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