Política Titulo São Caetano
PT e PPS ainda acreditam na parceria para a eleição
Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
07/06/2008 | 07:02
Compartilhar notícia


Depois do rompimento na semana passada, a missão de PT e PPS de São Caetano é a reconstrução da aliança para saírem unidos na campanha eleitoral. Entretanto, alcançar o objetivo não será uma tarefa fácil, apesar de as lideranças das duas legendas afirmarem que estarão juntas no pleito de outubro.

Mesmo após diversas reuniões internas e entre a cúpula dos partidos, ambos não abrem mão de encabeçar a chapa da possível coligação: Marquinho Tortorello pelo PPS e Jayme Tortorello, pelo PT.

O encargo do PT na relação é desfazer o que o presidente da executiva, Edison Bernardes, chamou de "mal-entendido". Tudo estava bem encaminhado entre as legendas: PT seria o mandatário da chapa e PPS escolheria o vice. Porém, Jayme, descontente com a possibilidade de Aramis Lobosco, o Tuim, ser o indicado numa eleição interna do PPS, exigiu outro nome ao cargo.

A intransigência - assumida pelo pré-candidato petista - teria levado o PPS a mudar o andamento das conversas e querer encabeçar a candidatura. Para reverter o quadro, o argumento dos petistas é que a atitude de Jayme foi isolada e não do partido.

Segundo Bernardes, nos encontros entre os dirigentes da sigla, houve "avanços" para que a situação seja resolvida. "Claro que não resolvemos tudo. Todo período pré-eleitoral tem seu momento de estresse e, desta vez, tivemos o nosso", analisou o líder do PT, que acredita numa mudança de comportamento do PPS.

"Alguns detalhes serão resolvidos nos próximos dias e voltaremos ainda mais fortes e unidos", vislumbrou Bernardes. "Política não é mecânica, tem suas variáveis", completou ao reafirmar que seu partido irá liderar a chapa.

Assim como o PT mantém a posição de chefiar a coligação, o PPS também sustenta sua postura de querer encabeçar a hipotética aliança. "Estamos debatendo, discutindo... mas a decisão é deles. Vamos ver o que eles vão fazer agora", observou Marquinho.

Na visão do PPS, o partido tem mais condições de decolar uma candidatura de um Tortorello do que o PT. "Depois da divulgação de minha pré-candidatura (publicada pelo Diário com exclusividade no último dia 4) os telefones do diretório não pararam de tocar, com dedicatórias de apoio. Isso nos dá ainda mais motivação para continuar com nossa conduta", conta o líder popular-socialista, que ainda crê no futuro promissor da coligação.

O ex-deputado rechaçou ainda o boato que circulou na cidade de que teria "vendido" sua candidatura para o atual chefe do Executivo. "Tenho um nome a zelar. E é exatamente por isso que quero enfrentar Auricchio cara a cara nas urnas."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;