Setecidades Titulo
Fim de frentes da trabalho afeta limpeza em Sto.André
Por Ana Macchi
Do Diário do Grande ABC
09/06/2001 | 01:04
Compartilhar notícia


O término de contrato com os funcionários da frente de trabalho da Prefeitura de Santo André está afetando diretamente diversas escolas municipais. Sem equipes de limpeza suficientes para atender as 63 unidades escolares, a Secretaria de Educação resolveu remanejar os 209 funcionários disponíveis – equivalente a 60% da mão- de-obra necessária – para conseguir atender principalmente às escolas municipais República, Camilópolis, Estádio, João Ramalho, Parque Adriático e Miami, além do Centro de Formação Profissional 11 de Junho. Essas são as escolas com situação mais crítica.

De acordo com a secretária da Educação do município, Cleusa Repulho, o problema deverá ser resolvidoapenas em agosto, com a volta dos alunos do recesso escolar. “Existe a possibilidade de se fazer a contratação emergencial, mas ainda precisa ser aprovada. Além disso, pode-se esperar a aprovação do projeto para a contratação de novos funcionários, como foi feito com a frente de trabalho, chamado Mais Igual”, explicou.

Na Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) República, no bairro Curuçá, a situação ficou tão crítica que os pais dos alunos foram convidados pela direção para formar um mutirão e promover faxina na escola. A direção da escola mandou bilhetes para os pais explicando a situação.

“Não vou participar disso porque acho que o mínimo que a escola deve oferecer ao aluno é condições mínimas de higiene. Por causa do acúmulo de sujeira, minha filha pegou micose quando brincava no parquinho. O tanque de areia está completamente imundo”, disse a dona de casa Sandra Pimentel.

Para a integrante do conselho de pais da Emei, Nádia Kien, os problemas de sujeira também atingem o banheiro e as classes. “Há mais de três meses o banheiro não é limpo. As classes estão cheias de poeira, e as carteiras estão todas rabiscadas. Já a cozinha, nem consigo imaginar porque não deixam a gente entrar”, disse.

Os problemas na unidade ainda implicam na falta de água filtrada. “Ou as crianças levam a água de casa ou têm de tomar da torneira. Queremos ajudar a escola a melhorar, mas não podemos fazer isso sem a ajuda da Prefeitura”, reclamou a dona de casa Rosanira Saraiva de Vasconcelos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;