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Marilyn, a diva eterna

Modelo e atriz norte-americana faria 90 anos hoje;
peça que estreia em julho mostra o ‘lado B’ do mito

Por Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
01/06/2016 | 06:44
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Reprodução


 Durante 20 anos, Joe DiMaggio colocou flores no túmulo de Marilyn Monroe (1926-1962). Segundo marido da diva norte-americana, o jogador de beisebol cumpriu a promessa feita a ela em vida e três vezes por semana deixou rosas frescas em sua cripta. O ato simboliza o poder de uma mulher que não só arrebatou o coração dele – o casamento durou pouco porque era extremamente ciumento – como de uma legião de fãs, que há décadas reverenciam sua beleza e carisma. Se estivesse viva, a eterna diva faria hoje 90 anos.

E, a fim de homenagear Marilyn, estreia no fim de julho – a data ainda não foi definida – a peça Depois do Amor – Um Encontro com Marilyn Monroe, no Teatro Itália, em São Paulo. Esta é a última montagem dirigida por Marília Pêra, que era fã de Marilyn, e o texto é de Fernando Duarte. A protagonista é a atriz Danielle Winits.

Fernando teve a ideia de fazer o texto há três anos. “Em 2013, estreei uma peça sobre o centenário de Callas (Maria Callas, cantora lírica norte-americana). Naquela época falei para Marília sobre o aniversário de 90 anos da Marilyn e comecei a trabalhar nisso. Confesso que até não era muito fã dela, a achava interessante, mas conhecia superficialmente. Quando comecei a pesquisar me encantei. Ela é uma referência que não sai de moda, em qualquer lugar que você entra no mundo tem caneca, camiseta com o rosto dela. Poucos artistas de sua época têm a fama como a Marilyn, que teve uma vida tão curta e tão intensa que se transformou em mito.”

Marilía Pêra, que trabalhou até cinco dias antes de morrer na montagem, o incentivou a mostrar o que as pessoas não conheciam do mito, expor a mulher. “A peça fala mais da Marilyn humana. Mostra ela em casa, provando as roupas do último filme (Something’s Got to Give, que ficou inacabado). Atrás daquele mundo de glamour existia uma pessoa que não tinha nada de burra, lia muito, era dona de uma biblioteca gigante que deixou para o professor de teatro, muito simples, extremamente interessante. As pessoas que conviviam com ela diziam que ra muito querida, mas seu lado psicológico foi piorando com o passar do tempo.”

Não tinha como ser diferente. Norma Jeane Mortenson teve uma vida difícil. A mãe, Gladys Baker, tinha problemas psicológicos, o que fez a pequena passar por diversos orfanatos e casas de família na infância. Casou-se, pela primeira vez, aos 16 anos, com James Dougherty, 21 anos, com quem estava namorando havia seis meses. Dois anos depois ele, que estava na Marinha, foi transferido para o Pacífico Sul. Após a sua partida, Marilyn tentou a carreira de atriz, em pequenas aparições. O divórcio veio meses antes de assinar seu primeiro contrato com a Twentieth Century Fox em 26 de agosto de 1946.

Daí para frente sua carreira deslanchou. Estrelou em Idade Perigosa (1947), em que viveu garçonete, seu primeiro filme com falas – ela já tinha feito alguns trabalhos como figurante até então. Também fez Loucos por Amor (1950), o primeiro papel sensual, o emblemático Os Homens Preferem as Loiras (1953), quando foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz, além de O Pecado Mora ao Lado (1955), em que o vestido branco é levantado por um jato do respiradouro do metrô. Em 2011 a peça foi leiloada por US$ 5,6 milhões.

Mas na proporção que a fama crescia, a vida pessoal degringolava. Foram inúmeros relacionamentos e escândalos amorosos – dizem que teve affair com o presidente norte-americano John F. Kennedy. Segundo a biografia Marilyn, lançada em 1973 por Norman Mailer, até seus 29 anos já havia feito 12 abortos. Fora as constantes crises de depressão. Morreu aos 36 anos, no auge da beleza e carreira, supostamente por overdose de calmantes, mas há quem diga que foi homicídio. Não importa mais. O que sua beleza imprimiu nem mesmo a morte apagou.




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