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PMDB está alheio a atrito adversário
Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
23/04/2011 | 07:08
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A discussão entre integrantes de PT, PSDB e PPS de São Bernardo nos últimos dias agitou o ambiente político da maior cidade do Grande ABC e mexeu nas articulações com vistas à eleição ao Paço no ano que vem. Porém, passou longe das estruturas do PMDB, partido que também pretende participar da corrida eleitoral com chapa majoritária.

Os dois principais peemedebistas interessados no panorama político e, consequentemente, no pleito - vereadores Tunico Vieira e Gilberto França - afirmam que a intensificação das manobras entre os possíveis protagonistas de 2012 não afeta as intenções do PMDB.

"Não nos pautamos nas discussões dos adversários. Nossa ideia é construir um projeto independente para a cidade e analisar junto à população a necessidade de uma terceira via", discorre o parlamentar e vice-presidente municipal da legenda, Tunico Vieira.

"A nossa pré-candidatura está colocada, independentemente do que ocorre em outros grupos. Para nós, quanto mais candidaturas melhor. Assim, quem ganha é o PMDB, a cidade e o eleitor, que vai ter mais propostas, mais opções para escolher", salienta Tunico, candidato a vice-prefeito em 2004 na chapa encabeçada pelo petista Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.

O vereador ressalta que a sigla tem se aproximado de integrantes do PSB, o que pode resultar em parceria num futuro próximo. "Temos atuado em sintonia com (os vereadores) Ary de Oliveira (PSB), (Antonio) Cabrera (PSB) e Sérgio Demarchi (PSB), que também têm vocação para atuar com independência."

O único pitaco de Tunico sobre a conjuntura no município foi em relação ao PSDB. "Eles têm de definir quem vai ser o candidato, o (deputado federal e ex-prefeito William) Dib ou o (deputado estadual) Orlando (Morando)."

Gilberto França, que por enquanto tem falado a mesma língua de Tunico, apesar das divergências internas, ressalta que a troca de farpas entre petistas, tucanos e popular-socialistas não altera os objetivos do PMDB. "As direções nacional, sob comando de Michel Temer, e estadual, com Baleia Rossi, têm pregado que devemos lançar candidatos próprios e é isso que temos buscado. É bom para nosso crescimento, da legenda e para a cidade", destaca. "Temos avançado e nas próximas semanas teremos novidades", completa.

O peemedebista observa, entretanto, que não é o momento de discutir nomes. "Continuo com essa tese." Essa definição é justamente o ponto que pode colocar Gilberto e Tunico em lados opostos.

O vice-presidente municipal do partido está em seu segundo mandato legislativo, já foi candidato a vice e secretário de Relações Internacionais. Gilberto está em sua primeira experiência na Câmara, mas teve melhor desempenho na eleição de 2010, quando ambos disputaram cadeira na Assembleia Legislativa, sem êxito. 

Discussão teve início na eleição para a 1ª secretaria da Câmara 

A discussão entre lideranças do PT, PSDB e PPS envolveu a eleição pela 1ª secretaria da Câmara, cargo que ficou vago após a morte do vereador Otávio Manente (PPS) no dia 6. Os protagonistas do pleito municipal de 2008 entraram em rota de colisão: prefeito petista Luiz Marinho, deputado estadual tucano Orlando Morando e o também parlamentar paulista pelo PPS Alex Manente.

O chefe do Executivo arquitetou manobra para minar a força política do popular-socialista, orientando a bancada governista a votar no candidato ligado a Orlando e, assim, tirar o PPS da primeira secretaria.

Com 13 votos, Sérgio Demarchi (PSB) foi eleito para a função. A partir daí, houve troca de farpas entre os três concorrentes da última eleição ao Paço. Marinho foi o principal alvo. O tucano aproveitou para atacar a administração petista. Alex Manente ficou chateado com a manobra do prefeito e disse estar distante de apoio à reeleição no ano que vem. Porta-voz da gestão petista, o secretário de Governo, Maurício Soares, negou uso de estratégia para enfraquecer o popular-socialista, tido como fiel da balança em 2012.




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