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Bancos oferecem reajuste maior para acabar com greve
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
11/10/2005 | 08:17
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Representantes da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fizeram segunda-feira à noite nova proposta na tentativa de encerrar a greve dos bancários, deflagrada na última quinta-feira.

Os banqueiros ofereceram reajuste de 6% (antes propunham 4%), com abono de R$ 1,7 mil (antes R$ 1 mil) e PLR de 80% do salário mais uma parte fixa de R$ 800 (antes R$ 733), a ser paga em duas parcelas fixas. Os trabalhadores querem 11,77% de reajuste, 14º salário, PLR de um salário mais R$ 788 fixos e 5% do lucro líquido dos bancos distribuído linearmente aos empregados.

A nova proposta dos bancos será submetida às assembléias da categoria em todo o país nesta terça-feira à noite. No Grande ABC, os bancários se reunirão às 19h no teatro do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Santo André.

Antes da reunião entre o comando nacional de negociação e a Fenaban, a categoria decidiu que a greve continua nesta terça-feira. Segunda-feira pela manhã, a paralisação atingiu 150 agências no Grande ABC, de acordo com o Sindicato dos Bancários da região. Entretanto, no final da tarde, o sindicato informou que o número caiu para 120 (32% de um total de 372 unidades), o mesmo resultado de sexta-feira.

"Ao longo do dia, houve repressão policial em algumas agências, o que fez com que muitas unidades reabrissem. Mas consideramos que a paralisação cresceu, pois conseguimos atingir agências de corredores centrais que possuem grande número de funcionários", afirmou Vagner de Castro, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, que não informou o número de trabalhadores parados na região.

Segunda-feira, o sindicato concentrou as manifestações em agências das regiões centrais de Santo André e São Bernardo, onde estão localizadas mais de 50% das unidades da região. No período da manhã, os sindicalistas estiveram na rua Senador Fláquer, no Centro de Santo André e conseguiram fechar algumas agências que abriram na última sexta-feira. Alguns gerentes chegaram a chamar a Polícia Militar para garantir o funcionamento.

"Representantes do sindicato estiveram aqui para tentar fechar a agência, e o banco chamou a polícia. Alguns gerentes e diretores até chegaram a ficar no andar térreo da unidade para garantir o atendimento", disse uma funcionária do Bradesco, que pediu para não ser identificada.

Segundo o diretor de imprensa do sindicato, Ageu Ribeiro, apesar da presença da polícia, a manifestação foi pacífica, sem registro de incidentes. O Diário consultou, por telefone, as 20 principais agências localizadas no Centro de Santo André e São Bernardo e constatou que 13 estavam fechadas.

 A CNB (Confederação Nacional dos Bancários) informou que 120 mil trabalhadores estão em greve no país, contra 116 mil na sexta-feira. A ampliação do movimento ocorreu com a adesão dos bancários de Rondônia segunda-feira. Segundo a CNB, a paralisação agora atinge 23 Estados no país.




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