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Coligação de Damo recusa acordo
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
23/10/2004 | 13:42
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A coligação que apóia Leonel Damo (PV) para prefeito de Mauá não aceitou nesta sexta assinar acordo para pôr fim à baixaria na reta final dessa campanha. Quinta, a juíza eleitoral da cidade, Ida Del Cid, reuniu o verde e seu adversário Márcio Chaves (PT) para dar uma bronca e pedir o fim dos problemas caudados por ambas as partes.

Damo disse não ter aceito assinar o acordo porque sua coligação não teria distribuído materiais ofensivos contra o seu adversário. “Não soltei nada contra ninguém e por isso não há motivos para assinar acordo. Eu não estou preocupado com as publicações ofensivas, pois a população me conhece”, afirmou.

O advogado de Márcio, Fernando Amaral, protocolou nesta sexta na Justiça Eleitoral uma petição elogiando a iniciativa da juíza de convocar os dois candidatos a prefeito concordando com o fim da baixaria na campanha. “Tal iniciativa demonstra o zelo da juíza eleitoral em manter a tranqüilidade e a normalidade no processo eleitoral. Exageros e críticas que vão muito além do aspecto político resvalando em verdadeiros ataques à honra e a dignidade não devem ser tolerados”, relata a petição.

O documento ainda diz que Márcio tem a preocupação de que os materiais apócrifos e carros de som com insinuações difamatórias “possam interferir e macular as eleições e o livre convencimento dos eleitores de Mauá”.

O advogado de Márcio lamentou o fato de a outra parte não concordar em assinar um documento, pois entende que isso colocaria fim às baixarias da campanha.

O advogado de Damo, Edgar Denis, disse que não há interesse nisso porque entende que os materiais caluniosos “partiriam somente do PT”. “Já entramos com mais de oito representações na Justiça. Ele distribuem material ofensivos, xingam, acusam a família de Damo, enquanto nós só falamos a verdade”, disse.

O advogado de Márcio disse que a coligação do PT também entrou com cinco representações envolvendo materiais ofensivos e injuriosos. Entre as representações de Márcio está uma em que questiona o uso de carro de som que o acusou de envolvimento no assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT). Já entre as ações de Damo está uma em que o verde critica o fato de ter sido chamado pelos petistas de “estelionatário mentiroso”.

Paz – A juíza eleitoral disse que apesar de não ter havido a assinatura de um acordo, os candidatos não devem continuar com as baixarias. Ao ser questionada se ficou decepcionada porque não houve o acordo por escrito, a juíza disse que não. “Depois da conversa que tive com os dois candidatos, acho que a situação vai dar um acalmada”, afirmou.

A juíza eleitoral avalia que a disputa está acirrada, mas acredita que haverá bom senso de ambas as partes.




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