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Skol Beats teve boa música e paz
Por Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
21/04/2002 | 17:42
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Do surfista Renan Rocha ao global Marcos Winter, o marido de Paloma Duarte, os descolados e amantes da música eletrônica estavam todos lá. Mas haja paciência: foram mais de duas horas de trânsito na avenida Interlagos, em São Paulo, que dá acesso ao Autódromo José Carlos Pace, para conseguir entrar no terceiro maior evento do gênero no mundo. E, acredite, nunca valeu tão a pena pegar trânsito, fila e encarar a multidão. O Skol Beats, que começou no sábado às 16h e terminou neste domingo, às 10h15, foi sucesso absoluto.

Cerca de 40 mil pessoas dividiram na maior paz – apesar do festival paralelo de drogas – o espaço de 20 mil metros quadrados para curtir o que há de melhor do bate-estaca mundial. Mas, visto desde o ponto mais alto do autódromo, o número de pessoas parecia duplicado. Felizmente, a desorganização da porta não se repetiu lá dentro. Os horários foram cumpridos britanicamente, mas não a programação, que teve de ser remanejada de última hora (nada que pudesse fazer muita diferença). A segurança, a praça de alimentação, os bares, o Mercado Mundo Mix improvisado, tudo funcionou. Menos os banheiros, que ficaram imprestáveis.

O Skol Beats teve momentos mágicos. Que esteve na tenda Bugged Out!, onde só tocava acid house, das 4h30 às 6h30, presenciou uma das melhores coisas da balada: a apresentação do norte-americano Erick Morillo, cuja performance é sempre considerada uma surpresa. Morillo apavorou o set com uma longa mixagem de Sweet Dreams, do Eurythmcs. Outro momento inspirado foi o do Technasia, que subiu ao Outdoor Stage (um palco ao ar livre, com boca de cena de 18 metros e iluminação psicodélica) já de manhã, por volta das 6h45. A dupla de techno é formada por um francês e um nativo de Hong Kong e fez valer sua estréia no Brasil.

Entre os DJs brazucas, não teve para ninguém. Mesmo com o comando da tenda Movement (de drum’n’bass) – e não do palco principal, como merecido –, Marky mostrou porque é uma unanimidade no assunto. Seu set estava abarrotado de gente querendo se esbaldar com o som energizante que proporciona. Outra atração elogiadíssima foi o Groove Armada, no Outdoor Stage, às 23h30. A banda inglesa fez sua primeira apresentação brasileira aproveitando o sucesso de My Friend, hit que pertence à trilha sonora da novela O Clone.

A megarave foi encerrada com o set de Layo & Bushwacka, ao ar livre e sob um sol escaldante, após 18 horas e 15 minutos de música. E, por incrível que pareça, o público queria mais.




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