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País gerou 2,8 milhões de vagas em 2010
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
12/05/2011 | 07:17
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O País bateu recorde na geração de emprego em 2010. Dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que foram contratadas 2,8 milhões de pessoas no ano passado. O saldo é o dobro do registrado em 2009, quando a crise financeira deixou muita gente desempregada e o total de postos chegou a 1,4 milhão.

No fim do ano, havia 44 milhões de brasileiros empregados celetistas, concursados e temporários, volume 6,94% maior do que em 2009.

O setor que mais gerou postos de trabalho em 2010 foi serviços, com 1,1 milhão de oportunidades (volume 8,38% maior que em 2009). Na sequência, figuram o comércio, com 689,2 mil postos (alta de 8,96%), a indústria, com 524,6 mil (expansão de 7,13%) e a construção civil, com 376,6 mil (17,6% a mais).

Dalmir Ribeiro, diretor do departamento de indicadores sociais e econômicos da Prefeitura de Santo André, explica que o segmento de serviços faz a ligação de todas as atividades econômicas, o que o leva a empregar mais. "O setor tem atuação junto ao comércio, realizando o armazenamento e o transporte de mercadorias, e à indústria, oferecendo serviços de suporte de TI, logística, segurança, call center e limpeza", exemplifica. Além disso, existem os serviços pessoais, como Educação e Saúde.

No ano passado, o rendimento médio do trabalhador brasileiro apresentou alta de 2,57% em relação a dezembro de 2009, tendo aumento de 2,62% os homens e de 2,54% as mulheres.

Tomando como base o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que inclui todos trabalhadores formais exceto os concursados - por isso o montante é menor que o da Rais -, dos 2,5 milhões de empregos gerados em 2010, 66% pagaram entre 1,5 e dois salários-mínimos, de R$ 697,50 a R$ 930. "Acima de dois salários houve perda de 318 mil vagas. Embora esteja havendo recorde de contratações, os rendimentos pagos ainda são muito baixos, o que mostra que são vagas que requerem baixa qualificação."

SÃO PAULO - No Estado de São Paulo, o ano foi encerrado com 794,4 mil oportunidades a mais, o que equivale a 29% do total de empregos do País.

Assim como na média nacional, o setor que mais se destacou foi o de serviços, com 374,2 mil postos de trabalho - 47% do total. "O Estado foi responsável por 24% das contratações realizadas pelo setor em todo o Brasil. O que é natural, pois aqui se concentram todo o setor financeiro e as prestações de serviços de toda ordem", diz Ribeiro.

A indústria gerou 178,5 mil vagas, enquanto o comércio abriu 183,9 mil e, a construção civil, 67,3 mil.

Os dados por municípios ainda não foram disponibilizados pelo MTE.

Jovens e idosos foram os que mais conseguiram trabalho

Na análise dos 2,8 milhões de empregos gerados em 2010, segundo o MTE, houve crescimento mais expressivo, levando-se em conta a variação percentual, entre as duas pontas mais vulneráveis das faixas etárias: jovens e idosos.

No caso dos mais novos, a expansão dos postos de trabalho foi muito expressiva, de 19,06%, mais que o dobro da expansão média no volume de contratações, 6,94%.

Entre os assalariados com mais de 65 anos, foi observado aumento de 12,77% e, entre trabalhadores de 50 a 64 anos, crescimento de 10,28%. Ambos os desempenhos são considerados de destaque quando comparados com os das demais faixas de idade, que oscilaram entre 5,38% e 7,08%.

Quando a avaliação é feita em termos absolutos, destacam-se as faixas etárias de 30 a 39 anos, com 843,8 mil postos de trabalho a mais no ano passado. Na sequência, estão as pessoas de 50 a 64 anos, que somaram saldo de 550 mil postos, e as de 18 a 24 anos, com 471,1 mil postos a mais.




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