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Operação Carta Branca prende duas pessoas no Grande ABC
Carolina Godoy
Do Diário OnLine
04/06/2008 | 00:07
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Dois moradores do Grande ABC foram presos durante uma operação deflagrada nesta terça-feira para desmantelar uma quadrilha que falsificava carteiras de habilitação no Estado de São Paulo. Além deles, outras 17 pessoas foram detidas na ação batizada de "Carta Branca", comandada pelo Ministério Público Estadual, Corregedoria Geral da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Fazenda do Estado e ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Em São Bernardo, foi preso Ademar Quadros Fernandes, proprietário de duas auto-escolas no Centro de Diadema (a MM e a MCLaren). Na casa dele foram encontrados R$ 11 mil em dinheiro e uma pistola calibre 32 sem registro. O pai de Fernandes, dono do revólver, também acabou detido em flagrante por porte ilegal de arma.

Já em Santo André, os promotores e policiais envolvidos na operação prenderam a psicóloga Vanessa Santos Silva, que atua na cidade de Barueri, na Grande São Paulo. No apartamento dela foram apreendidos cerca de R$ 7 mil em espécie, montante que estava escondido no guarda-roupa e que era separado por pequenas quantidades. Ainda foram encontradas várias caixas de documentos relativos à emissão de carteiras de habilitação em Ribeirão Pires.

Além de São Bernardo, Diadema e Santo André, a operação também foi deflagrada na capital paulista, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Barueri, Poá, Guarulhos, Suzano e Biritiba Mirim. Dezenove mandados de prisão e outros 40 de busca e apreensão foram cumpridos nessas localidades.

Indícios - O esquema de falsificação de carteiras de habilitação foi descoberto graças à ajuda da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que notou documentos suspeitos emitidos por um mesmo Ciretran, o de Ferraz de Vasconcelos. Motoristas parados em blitze que não tinham condições físicas para dirigir ou que eram analfabetos foram alguns dos indícios suspeitos.

O Ministério Público de São Paulo foi, então, acionado e passou a apurar o esquema. Segundo as investigações, o Ciretran de Ferraz, sob o comando do delegado Juarez Pereira Campos, emitiu pelo menos 1.200 carteiras falsas nos últimos dois anos. Elas eram vendidas por um preço médio de R$ 1.500.

Juarez e a esposa, Ana Lúcia Máximo Campos — dona de duas auto-escolas —, foram detidos nesta terça-feira. Enquanto o mandado de prisão dos dois era cumprido, os promotores que participavam dos trabalhos atenderam ao telefonema de cinco pessoas interessadas em adquirir as carteiras falsificadas.




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