A Operação Capitão Gancho, realizada pela Polícia Civil em todo Estado de São Paulo, apreendeu cerca de 70 mil produtos falsificados no Grande ABC, entre tênis, CDs, DVDs, cigarros e roupas.

Em Santo André, a operação começou nas feiras-livres. Metade dos produtos apreendidos - no total, cerca de 50 mil -, é composta por CDs e DVDs piratas recolhidos no Centro da cidade e de Mauá. Os investigadores que participaram da ação disseram que o montante só não foi maior porque, ao saberem da operação, alguns comerciantes de galerias como as da Rua General Glicério, não abriram as portas.

Em São Bernardo, por volta das 8h, os agentes apreenderam aproximadamente 2.500 pares de tênis falsificados em um prédio residencial no Centro da cidade. Os produtos falsificados são de marcas como Nike, Adidas, Puma e Mizuno e estavam armazenados em dois apartamentos alugados na Rua Newton Prado.

O local já seria alvo de investigação. A polícia acredita que o dono da mercadoria, proprietário de box comercial na Rua Marechal Deodoro, liberado depois de prestar depoimento, é um dos principais distribuidores dos produtos falsificados na região. O preço dos calçados ao consumidor variava entre R$ 25 e R$ 45.

Assim como em Santo André e Mauá, a policia de Diadema também apreendeu CDs e DVDs em maior quantidade - cerca de 10 mil dos 17.300 mil produtos. Na cidade ainda foram recolhidos 5 mil maços de cigarros. Os demais itens, em menor número, são de peças de roupas, isqueiros, pares de tênis e pilhas. A ação foi concentrada nas áreas de comércio tradicional e ambulante.

Até decisão judicial, os produtos ficarão armazenados nos distritos ou serão entregues para entidades como a APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música).

Na região, os trabalhos foram organizados pelas delegacias seccionais de Santo André, que concentra também as cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra; São Bernardo, responsável ainda por São Caetano; e Diadema.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que em todo território paulista, quase 5,5 milhões de produtos foram falsificados apreendidos. (Supervisão de Samir Siviero)